quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

London to Brighton (Londres Proibida)


Um filme que não acrescenta muito a sua vida. Uma história que se passa pelo submundo da prostituição londrina. Por meio de flashbacks, ficamos sabendo o que aconteceu com Joanne, menina de 12 anos, Kelly uma prostituta e Dereck, seu cafetão, nas últimas horas.

Sem novidades estilísticas ou uma história muito convincente, não acho que vale a pena perder tempo com este filme. Próximo, por favor.

Ficha Técnica:
Título Original: London to Brighton
Título no Brasil: Londres Proibida
Direção: Paul Andrew Williams
Roteiro: Paul Andrew Williams
Gênero: Crime, thriller
Origem: UK
Duração: 86min

Elenco:
Lorraine Stanley ... Kelly
Georgia Groome ... Joanne
Johnny Harris ... Derek
Nathan Constance ... Chum
Sam Spruell ... Stuart Allen
Alexander Morton ... Duncan Allen

Invictus



O Clint tá virando um selo de qualidade. Tenho gostado de praticamente todos os seus filmes mais recentes. Este conta a história de um período recente da África do Sul quando o Mandela, recém-eleito presidente, decide apoiar enfaticamente o time de rugby do país, composto basicamente por brancos e que até bem pouco tempo antes era um imenso símbolo do apartheid no país.

Se por si só, a história do Mandela já é incrível, nas mãos do Clint só aumenta a nossa admiração por esta figura tão querida aos sul-africanos e os demais habitantes deste planeta que ainda acreditam que existe esperança de uma vida melhor. Aproveitando a questão da Copa do Mundo de Rugby que foi disputada na AS em 1995, Invictus retrata bem a situação do país pós-apartheid que estava muito propensa a se debruçar em uma guerra civil, caso a figura brilhante do Mandela não tivesse feito uma brilhante liderança. 

O filme trata de esperança e é bem otimista. Sobre a possibilidade de fazer um futuro melhor e como o esporte ainda pode ser um ótimo instrumento para canalizar as emoções da massa. Mesmo que ainda hoje as coisas estejam longe de ser uma maravilha na AS, ali foi dado um importante passo para a construção de uma nova nação.



Ficha Técnica:
Título Original: Invictus
Título no Brasil: Invictus
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Anthony Peckham
Gênero: Drama
Origem: EUA
Duração: 124min

Elenco:
Morgan Freeman ... Nelson Mandela
Matt Damon ... Francois Pienaar
Tony Kgoroge ... Jason Tshabalala
Patrick Mofokeng ... Linga Moonsamy
Matt Stern ... Hendrick Booyens
Julian Lewis Jones ... Etienne Feyder

Choke (No Sufoco)


Desde que vi Clube da Luta, comecei a prestar atenção aos livros de Chuck Palahniuk. Li alguns poucos e como vi que este Choke era uma adaptação de uma de suas obras resolvi conferir.

Apesar de não ser tão memorável quanto o filme do David Fincher, este Choke tem lá seus momentos interessantes. Trata-se da história de Vitor Mancini um viciado em sexo, interpretado pelo Sam Rockwell que já tem uma cara de doidão, deixando ainda mais crível a história.

Vitor tem uma mae doente que está internada num hospício e está perdendo aos poucos a sanidade. Quando numa de suas conversas com a mãe descobre que ela o enganou quanto ao paradeiro de seu pai, porém vai ser difícil arrancar dela a verdade, pois ela tem raros momentos de lucidez. O filme segue em meio a dramas e momentos cômicos, mas não tem o mesmo brilho de outras histórias do Chuck.


Ficha Técnica:
Título Original: Choke
Título no Brasil: No Sufoco
Direção: Clark Gregg
Roteiro: Clark Gregg
Gênero: Drama, comédia
Origem: EUA
Duração: 90min


Elenco:
Anjelica Huston ... Ida J. Mancini
Gillian Jacobs ... Cherry Daiquiri / Beth
Kelly Macdonald ... Paige Marshall
Bijou Phillips ... Ursula
Sam Rockwell ... Victor Mancini


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Contador de Histórias

Roberto Carlos Ramos é um menino de 13 anos que entra e sai da Febem toda hora. Contudo ao fazer uma visita a Febem, a pedagoga francesa Margherit vai intervir definitivamente na sua vida. 

A história real do menino pobre de Belo Horizonte que teve um passado como ex-menino de rua é muito forte e sofrida. Sua família era bem pobre e sua mãe ao assistir uma propaganda na tv acreditou que a Febem pudesse ser um melhor local para seu filho caçula. Lá ele teria acesso a educação, comida e uma cama. Claro que a situação da Febem não é bonita como a da propaganda, como bem sabemos. Mas a mãe do garoto era ignorante/esperançosa o suficiente para acreditar que ele sairia de lá um doutor. Felizmente a historia de Roberto Carlos tem um final feliz, ao contrário de centenas de outros meninos que passam pela instituição.

Ainda que não seja um filmaço, a direção é meio arroz com feijão, mas a história de vida de Roberto supera estes tropeços. 

Ficha Técnica:
Título Original: O contador de histórias
Direção: Luiz Villaça
Roteiro: Mauricio Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo e Luiz Villaça
Gênero: Drama, biografia
Origem: Brasil
Duração: 100min

Elenco:
Marco Antonio ... Roberto Carlos - 6 years
Ju Colombo ... Roberto Carlos's Mother
Cleiton dos Santos da Silva ... Roberto Carlos - 20 years
Maria de Medeiros ... Margherit
Chico Díaz ... Camelô

Where the Wild Things Are (Onde Vivem os Monstros)


Voltei a ser criança. Era como se estivesse de novo dentro da sala de cinema assistindo a clássicos de aventura da infância como A História Sem Fim ou Labirinto. Este novo longa do Spike Jonze, que eu acompanho a dez anos desde que ele lançou Quero Ser John Malkovich, te leva a um mundo mágico habitado por simpáticos monstrinhos que, apesar de discordarem muito entre si, são apaixonantes.

A história começa quando Max, uma criança com muita imaginação, briga com sua mãe e sai correndo de casa. Corre tanto que vai parar numa ilha habitada pelos monstros. Vestindo sua roupa de urso da parmalat ele se declara rei daquelas criaturas que aos poucos vão aceitando a sua majestade. É um roteiro totalmente fantasioso, é claro, porém permita-se voltar a ser criança. É uma delícia ver Max brincando com seus novos amigos, correndo por florestas, praias e desertos. E de quebra ainda há vários famosos que dublam os monstros como Forest Whitaker, James Gandolfini e Chris Cooper.

Eu saí do filme querendo ser Max e ter aqueles amigos todos.


Ficha Técnica:
Título Original: Where the Wild Things Are
Título no Brasil: Onde Vivem os Monstros
Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze & Dave Eggers
Gênero: Aventura, Fantasia
Origem: EUA
Duração: 101min


Elenco:
Max Records ... Max
Pepita Emmerichs ... Claire
Max Pfeifer ... Claire's Friend #1
Madeleine Greaves ... Claire's Friend #2
Joshua Jay ... Claire's Friend #3
Ryan Corr ... Claire's Friend #4
Catherine Keener ... Mom
Steve Mouzakis ... Teacher
Mark Ruffalo ... The Boyfriend
James Gandolfini ... Carol (voice)
Paul Dano ... Alexander (voice)
Catherine O'Hara ... Judith (voice)
Forest Whitaker ... Ira (voice)
Michael Berry Jr. ... The Bull (voice)
Chris Cooper ... Douglas (voice)

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

My Sister`s Keeper (Uma Prova de Amor)


Gostei. Drama bem feito com vários personagens bem definidos. A direção é boa e sustenta o clima do filme. A questão principal pela qual a família está envolvida tem vários lados e todos os personagens tem espaço para apresentar sua voz na discussão. A Abigail Breslin (a eterna Miss Sunshine) continua ótima, parece que vai longe essa menina.

A história é triste, bem triste. Mistura leucemia e criança. Por aí já dá para sentir que o drama é pesado. O choro é garantido, mas não gratuito, muito pelo fato do filme apresentar os vários lados da questão que marcou profundamente a família Fitzgerald da história. 

Ficha Técnica:
Título Original: My Sister`s Keeper
Título no Brasil: Uma prova de amor
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Nick Cassavetes & Jeremy Leven
Gênero: Drama
Origem: EUA
Duração: 109min

Elenco:
Abigail Breslin ... Andromeda 'Anna' Fitzgerald
Walter Raney ... Pawn Shop Proprietor
Sofia Vassilieva ... Kate Fitzgerald
Cameron Diaz ... Sara Fitzgerald
Heather Wahlquist ... Aunt Kelly
Jason Patric ... Brian Fitzgerald
Evan Ellingson ... Jesse Fitzgerald
Alec Baldwin ... Campbell Alexander
Joan Cusack ... Judge De Salvo

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Johnny Mad Dog


Filme porrada. Ambientado na Libéria, apesar de não haver uma menção direta ao local, vemos a história de uma milícia rebelde que está em guerra com o governo local. Só que esta milícia é composta basicamente por crianças e adolescentes, o líder do grupo Johnny Mad Dog, segue adiante com seu grupo até a capital em meio a muitas mortes, torturas e falta de informação.

É impressionante o trabalho da direção destes não-atores. É possível ver no rosto de cada um a dor, raiva, ignorância e a carência de uma presença familiar. Os próprios não-atores também enfrentaram uma situação parecida na vida real, o que dá ainda mais veracidade aos personagens do filme. Apesar de ser muito comparado a Cidade de Deus, pela crítica internacional, a temática de Johnny Mad Dog é diferente.

É um país em guerra e sem rumo, aonde a selvageria toma conta, inclusive das crianças. Não há espaço para a esperança entrar e isso é foda...Dá uma tristeza grande pensar na situação que ainda hoje acontece em alguns lugares da África. Realmente não precisamos de Johnny Mad Dogs neste mundo.

Ficha Técnica:
Título Original: Johnny Mad Dog
Título no Brasil: ???
Direção: Jean-Stéphane Sauvaire
Roteiro: Jean-Stéphane Sauvaire
Gênero: drama, guerra
Origem: França
Duração: 98min

Elenco:
Christophe Minie ... Johnny Mad Dog
Daisy Victoria Vandy ... Laokole

Dance Flick (Ela dança com meu ganso)


Só de ver o título em português dá pra sacar que é um besteirol né? A mais recente incursão dos irmãos Wayans, responsável pela franquia Todo Mundo em Pânico, aborda o universo da dança e de quebra aproveita para sacanear uns musicais como Hairspray, Showgirls, Flashdance e por aí vai.

Não vale nem a pena entrar em detalhes sobre sinopse, pois no fim das contas é um grande besteirol mesmo, mas fazer o que? Eu gosto de besteirol. Então se você curte também, veja. Caso contrário, passe batido.


Ficha Técnica:
Título Original: Dance Flick
Título no Brasil: Ela dança com meu ganso
Direção: Damien Dante Wayans
Roteiro: Keenen Ivory Wayans & Shawn Wayans
Gênero: Comedia
Origem: EUA
Duração: 83min

Elenco:
Shoshana Bush ... Megan
Damon Wayans Jr. ... Thomas
Essence Atkins ... Charity
Affion Crockett ... A-Con
Luis Dalmasy Jr. ... Dancer #9 (as Luis Dalmasy)
Chris Elliott ... Ron
Christina Murphy ... Nora
David Alan Grier ... Sugar Bear
Amy Sedaris ... Ms. Cameltoe
Kim Wayans ... Ms. Dontwannabebothered

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Os Normais 2 - A noite mais maluca de todas


O melhor coisa dos Normais é a química entre o Luiz Fernando Guimarães e a Fernanda Torres. Eles dão show na comédia e tem um timing ótimo. São anos trabalhando juntos e então dá pra perceber a naturalidade com que eles contracenam. Digo isso porque este filme não seria nada se fosse esta dupla de atores.

A comédia tem um roteiro que não é dos melhores, mas como a dupla de protagonistas é tão boa, você acaba dando risadas e indo junto com eles na jornada muito doido pela madrugada que eles inventam ao tentar fazer um menage-a-trois para salvar o relacionamento.

O restante do elenco também é muito bom, mas as vezes tenho a impressão só os dois ainda conseguiriam levar um filme inteiro mesmo sem contracenar com mais ninguém.


Ficha Técnica:
Título Original: Os Normais 2 - A noite mais maluca de todas
Direção - José Alvarenga Jr.
Roteiro: Alexandre Machado e Fernanda Young
Gênero: Comédia
Origem: Brasil
Duração: 75 min


Elenco:
Daniel Dantas ... Conhecido / Vizinho
Luiz Fernando Guimarães ... Rui
Aline Moraes ... Prostituta
Drica Moraes ... Silvinha
Mayana Neiva ... Francesa
Cláudia Raia ... Débora
Daniele Suzuki ... Zoé
Fernanda Torres ... Vani
Danielle Winits ... Clara

Gremlins 1 e 2



Gente é o Gizmo! Não dá para não ficar feliz vendo o Gizmo em ação. É sempre uma alegria rever um filme que me fez muito feliz quando criança. Claro que há os gremlins malvados, que foram alimentados depois da meia-noite, mas eles são tão divertidos que as vezes a gente até esquece as malvadezas que eles fazem. E além de tudo tem o Gizmo, o mogwai que todos queríamos ter em casa.

Pra quem esqueceu vou relembrar as regras: não os exponha a luz forte, não molhe essas criaturas e nunca alimente-os depois da meia-noite, caso contrário vai ter muita confusão na sessão da tarde.


A história do primeiro começa quando o Sr Peltzer, um inventor fracassado e pai de família, descobre o mogwai em Chinatown e decide comprá-lo para dar de presente ao filho que adora animais de estimação. Só que em casa eles acabam desobedecendo as regras e a pacata cidade de Kingston Falls se vê infestada das abiloladas criaturas.


Este filme é fruto da era mais divertida de Spielberg, quando ele dirigia e produzia pensando na diversão familiar. Produzido por ele e dirigido pelo Joe Dante, o filme foi tão bem sucedido que ganhou uma sequência ainda melhor que o original, com uma história toda ambientada em New York.

Claro que vendo os filmes hoje em dia os efeitos parecem bem bobinhos, mas eu lembro de gente com medo nas salas de cinema. Independente disso, é diversão certa assistir a Gremlins e, óbvio, torcer pelo bem do Gizmo



Ficha Técnica:
Título Original: Gremlins
Título no Brasil: Gremlins
Direção: Joe Dante
Roteiro: Chris Columbus
Gênero: aventura, comédia
Origem: EUA
Duração: 106min

Elenco:
Hoyt Axton ... Randall Peltzer
John Louie ... Chinese Boy
Keye Luke ... Grandfather (Mr. Wing)
Don Steele ... Rockin' Ricky Rialto (voice)
Susan Burgess ... Little Girl
Scott Brady ... Sheriff Frank
Arnie Moore ... Alex
Corey Feldman ... Pete Fountaine
Harry Carey Jr. ... Mr. Anderson
Zach Galligan ... Billy Peltzer
Dick Miller ... Murray Futterman
Phoebe Cates ... Kate Beringer


Ficha Técnica:
Título Original: Gremlins 2 - The New Batch
Título no Brasil: Gremlins 2 - A nova geração
Direção: Joe Dante
Roteiro: Chris Columbus & Charles S. Haas
Gênero: aventura, comédia
Origem: EUA
Duração: 106min

Elenco:
Zach Galligan ... Billy Peltzer
Phoebe Cates ... Kate Beringer
John Glover ... Daniel Clamp
Robert Prosky ... Grandpa Fred
Robert Picardo ... Forster
Christopher Lee ... Doctor Catheter

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Henry Poole is Here


Querendo ficar isolado do mundo após descobrir que tem uma doença fatal, Henry Poole se muda para uma casa na mesmo rua onde morou quando criança e tenta evitar o contato com os vizinhos, mas o aparecimento de uma mancha na parede, que sua vizinha católica fervorosa crê ser o rosto de Deus, acaba com as chances de paz e isolamento de Henry.

Interpretado por Luke Wilson, que tem uma cara de coitado-mor, Henry vai aos poucos se envolvendo com os vizinhos e deixando a fé entrar um pouco em sua vida. É um filme que trata de ter fé e não se deixar abater. As vezes um pouco de companhia é a melhor coisa que pode acontecer. Mas sinceramente, existem filmes melhores para serem vistos...


Ficha Técnica:
Título Original: Henry Poole is Here
Título no Brasil: ???
Direção: Mark Pellington
Roteiro: Albert Torres
Gênero: Drama
Origem: EUA
Duração: 99min

Elenco:
Luke Wilson ... Henry Poole
Radha Mitchell ... Dawn Stupek
Adriana Barraza ... Esperanza Martinez
George Lopez ... Father Salazar
Cheryl Hines ... Meg Wyatt

The Air I Breathe



Taí um filme diferente da mesmice norte-americana. As vezes basta isso para se destacar. Baseado num provérbio chines que diz que a vida se divide em quatro emoções básicas (amor, tristeza, felicidade e prazer) o filme conta quatro histórias que se interlaçam em algum momento.

O trabalho de estréia de Jieho Lee conta com um elenco de primeira: Forest Whitaker (felicidade), Brendar Fraser (prazer), Sarah Michelle Gellar (tristeza), Kevin Bacon (amor), Andy Garcia, Julie Delpy e Emile Hirsch. Talvez por ser ainda a primeira incursão na direção, haja alguns momentos em que o filme dá uma leve desandada, como o romance entre Brendar Fraser e Sarah Michelle, mas no geral fiquei bem surpreso com o resultado geral do filme. Vou ficar de olho no próximo filme do Sr Lee.

Apesar de usar algumas situações um pouco extremas, muito em função do personagem do Andy Garcia, que está incrível no papel de um bandido mafioso, o filme mostra situações que poderiam muito bem acontecer com qualquer pessoa. A busca da felicidade vale qualquer risco? O amor justifica todos os meios? Sucesso apaga a tristeza? A surpresa alimenta o prazer? Todas estas questões são levantadas no filme.




Ficha Técnica:
Título Original: The Air I Breathe
Título no Brasil: ???
Direção: Jieho Lee
Roteiro: Jieho Lee & Bob DeRosa
Gênero: Drama, crime
Origem: EUA
Duração: 95min

Elenco:
Kevin Bacon ... Love
Julie Delpy ... Gina
Brendan Fraser ... Pleasure
Andy Garcia ... Fingers
Sarah Michelle Gellar ... Sorrow
Clark Gregg ... Henry
Emile Hirsch ... Tony
Forest Whitaker ... Happiness

Funny People


De tempos em tempos surgem cineastas interessantes no cinema americano. Um destes recentes que gosto muito de acompanhar é o Judd Apatow. Ele está numa fase bem prolífica atualmente. Produziu Superbad - É hoje, Pinneapple Express, Drillbit Taylor, Forgettin Sarah Marshall. Escreveu e dirigiu O virgem de 40 anos, Ligeiramente Grávidos e, este novo, Funny People.

Seus filmes tem um comum o fato de ter um personagem masculino como protagonista que foge do estereótipo machão-comedor, ainda que sempre os amigos do protagonista o encorajem a assumir esta posição. Os protagonistas do seus filmes são homens nos seus vinte-muitos/trinta-e-poucos que estão a procura de uma mulher para ser companheira, não necessariamente casar, mas ter uma relação adulta e madura, ao contrário do que prega o idéario machista de espalhador de sêmen.

Funny People, apesar do nome, não é uma comédia. Pelo menos não me pareceu. É centrado em George Simmons, personagem de Adam Sandler, que é um comediante de sucesso e muito rico, porém vive sozinho e não tem amigos. Quando descobre que é portador de um tipo raro de leucemia tenta recuperar uma parte perdida de sua vida, uma ex-namorada que até hoje é o seu grande amor. O filme gira muito em torno de um bar chamado Improv aonde aspirantes a comediantes se apresentam em stand-up. É aí que Ira Wright (Seth Rogen), um loser que trabalha numa lanchonete e mora no sofá na casa de amigos também comediantes, conhece George e ganha a oportunidade de escrever material para seu astro.

Como disse anteriormente, os filmes de Apatow vão de encontro ao modelo John Wayne de ser. Então tem início uma jornada aonde Ira tenta mostrar ao seu astro e atual chefe que existe mais na vida do que fazer sucesso e transar loucamente. Apesar de não ser o melhor dos filmes do Apatow, Funny People se destaca na construção de personagens bem-marcados e muito humanos. São pessoas que poderiam muito bem ser um amigo seu.



Ficha Técnica:
Título Original: Funny People
Título no Brasil: ???
Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow
Gênero: Comédia, drama
Origem: EUA
Duração: 153min

Elenco:
Adam Sandler ... George Simmons
Seth Rogen ... Ira Wright
Leslie Mann ... Laura
Eric Bana ... Clarke
Jonah Hill ... Leo Koenig
Jason Schwartzman ... Mark Taylor Jackson

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Zombieland (Zumbilândia)


Pelo título já dá para prever que este não é um filme para ser levado a sério. Então esqueça qualquer tentativa de academicismo ou aprendizado cultural, este longa é para relaxar e se divertir.

Com uma linguagem bem clipesca e bastante sangue espirrando nas telas, vemos como os EUA foram inteiramente devastado por uma praga de zumbis. Ei, mas já não é assim? hehhe 

Nesse contexto poucos humanos ainda sobrevivem e o protagonista é um deles. Interpretado pelo Jesse Einberg (A Lula e a Baleia e Adventureland) que tem um rosto meio abobalhado e se encaixa perfeitamente no papel do nerd/virgem que segue seu próprio manual de dicas para sobrevivência aos zumbis. No caminho ele encontra ainda Tallahassee (Woody Harrelson) um doidão que só pensa em encontrar bolinhos de chocolate antes que o prazo de validade deles vençam e não haja mais nenhum no mundo, e as irmãs Wichita e Little Rock.

Os quatro juntos partem para oeste aonde irão encontrar Bill Murray, um parque de diversões e muita confusão na sessão da tarde. Como disse antes, não espere nada deste filme e pode ser que você acabe se divertindo por quase uma hora e meia.


Ficha Técnica:
Título Original: Zombieland
Título no Brasil: Zumbilândia
Direção: Ruben Fleischer
Roteiro: Rhett Reese & Paul Wernick
Gênero: Ação, comédia, terrir
Origem: EUA 
Duração: 88min


Elenco:
Woody Harrelson ... Tallahassee
Jesse Eisenberg ... Columbus
Emma Stone ... Wichita
Abigail Breslin ... Little Rock
Amber Heard ... 406
Bill Murray ... Himself
Derek Graf ... Clown Zombie


Love Happens (O Amor Acontece)


Confesso que fui enganado pelo poster do filme. Volta e meia pego uma comédia romantica para assistir com a minha mulher e assim acabei esbarrando neste Love Happens. Acontece que Love Happens na  verdade não é uma comédia romântica. É um filme dramático e que tem sim uma parcela de romance, mas não é comédia. Agora olha pro poster e me diz se não tão querendo vender o filme como comédia?

Enfim, a história é de um escritor viúvo que dá palestra motivacionais ajudando pessoas a superar perdas e recuperar auto-estima. Durante um período que está em Seattle ministrando um curso ele conhece a florista Eloise (Jennifer Anniston) que o faz despertar novamente o para o sexo oposto.

O filme conta com uma boa dupla de protagonistas, ambos são carismáticos em cena, embora a Jennifer Anniston seja melhor em comédias do que em dramas. A parte dramática não é consistente o tempo inteiro então alguma cenas ficam meio deslocadas. Enfim no geral não é nenhuma Brastemp, mas pelo menos não irrita ter assistido. Se eu soubesse de cara que não era comédia talvez tivesse até simpatizado um pouco mais com ele.



Ficha Técnica:
Título Original: Love Happens
Título no Brasil: O Amor Acontece
Direção: Brandon Camp
Roteiro: Brandon Camp & Mike Thompson
Gênero: Drama, romance
Origem: EUA
Duração: 109min



Elenco:
Aaron Eckhart ... Burke
Jennifer Aniston ... Eloise Chandler
Dan Fogler ... Lane
John Carroll Lynch ... Walter
Martin Sheen ... Burke's Father-in-Law
Judy Greer ... Marty


domingo, 13 de dezembro de 2009

Julie & Julia


Adorável. É a melhor palavra para descrever o filme. Julie & Julia fala sobre a história de duas mulheres que se descobriram ao colocarem a barriga perto do fogão. Falo isso sem o menor traço machista. Ambas as personagens sentem um vazio em suas vidas e sabem que podem oferecer algo de bom ao mundo, só falta descobrir o que.

As duas personagens vivem separadas por 50 anos de distância uma da outra. Julia Child (Meryl Streep) é a esposa de um embaixador dos EUA que mora em Paris durante os anos 50 e tenta diversas atividades para preencher seu tempo até descobrir sua vocação para a culinária. A partir daí cria uma idéia fixa em escrever um livro de fácil entendimento que possa trazer a gastronomia francesa para dentro das casas norte-americanas. Julie Powel (Amy Adams) é uma escritora frustrada que trabalha num serviço de telemarketing para vítimas do atentado ao World Trade Center. E decide abrir um blog aonde vai testar todas as 524 receitas do livro de Julia Child no período de um ano.

Com idas e vindas nas duas histórias, vemos como a cozinha pode ser um espaço para terapia, lazer e ainda é algo que está presente na vida de qualquer pessoa. A direção segura da Nora Ephron, conhecida por filmes mais voltadas para meninas (sem qualquer contra-indicação ao universo masculino) como Sintonia de Amor e Mensagem para Você, contribui para o andamento do filme. Além do que a presença de Meryl Streep é tão forte que ela está presente mesmo quando não aparece na película. Filminho leve, divertido e...adorável.


Ficha Técnica:
Título Original: Julie & Julia
Título no Brasil: Julie & Julia
Direção: Nora Ephron
Roteiro: Nora Ephron
Genero: Comédia,  Biografia
Origem: EUA
Duração: 123min

Elenco:
Meryl Streep ... Julia Child
Amy Adams ... Julie Powell
Stanley Tucci ... Paul Child
Chris Messina ... Eric Powell
Linda Emond ... Simone Beck

2012



Não sei exatamente qual o tipo de acordo que é feito na pré-produção, mas todo filme do Roland Emmerich tem sempre o mesmo approach: um orçamento gordo, muita verba para divulgação e promoção e uma catástrofe iminente, aliás duas uma no roteiro e outra que é o produto final. É uma insistência em fazer o mesmo filme mas sempre usando uma roupagem diferente. Eu já esperava de antemão ver uma bomba, mas infelizmente tem horas que a propaganda é tanta que mesmo esperando uma porcaria ainda somos compelidos a assistir. Será que ele e o Michael Bay são parentes?

Enfim, deixa para lá, 2012 é um filme-catástrofe completo: conta com um elenco de famosos, muitos efeitos especiais, trilha sonora que é deliberadamente aumentada a cada momento de tensão, destruição de prédios/monumentos famosos, a patriotada norte-americana e ainda tem o cachorro que sempre se salva da tragédia em filmes como este. Ainda que não seja um dos piores filmes do gênero, não se engane, você já viu este filme. Não há nada de original ou imperdível.


Ficha Técnica:
Título Original: 2012
Título no Brasil: 2012
Direção: Roland Emmerich
Roteiro: Roland Emmerich & Harald Kloser
Origem: EUA
Genero: Ação/catástrofe
Duração: 158min


Elenco:
John Cusack ... Jackson Curtis
Amanda Peet ... Kate Curtis
Chiwetel Ejiofor ... Adrian Helmsley
Thandie Newton ... Laura Wilson
Oliver Platt ... Carl Anheuser
Thomas McCarthy ... Gordon Silberman (as Tom McCarthy)
Woody Harrelson ... Charlie Frost
Danny Glover ... President Thomas Wilson

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Louco por Elas (A Guy Thing)


Tem horas que uma comédia cai muito bem. E como eu gosto de ver o Jason Lee em ação, esse era um filme que tinha tudo pra ir bem. E foi. O filme em si não é nada demais, conta a história de um noivo que na despedida de solteiro acaba acordando na cama com uma prima da sua noiva. E entre mil reviravoltas, que já toda comédia inventa para levar a história adiante, acompanhamos toda a confusão - essa turminha sempre causa muita confusão na sessão da tarde não é mesmo? -  que irá acontecer até a hora do casamento em si.

Como já disse antes, não tem nada demais, mas vai ver estar de bom humor me fez gostar um pouco mais do filme que além do Jason Lee ainda tem a Julia Stiles, que sempre cai bem no papel de menina simpática. Dá pra dar uma risadas aqui e ali, e ainda conta o fato de ser um filme leve, para distrair a cabeça e entreter um pouco. Afinal cinema é a maior diversão, né?

Título Original: A Guy Thing
Título no Brasil: Louco por elas
Direção:  Chris Koch
Roteiro: Greg Glienna & Pete Schwaba and Matt Tarses & Bill Wrubel
Genero: Comédia
Origem: Eua
Duração: 100min


Elenco:
Jason Lee ... Paul
Selma Blair ... Karen
Julia Stiles … Becky
James Brolin … Ken

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Arte, Amor e Ilusão (The Shape of Things)


Eu vi este filme por engano! Explico, eu com a minha mania de ler ficha técnica antes assistir a produção, fez com que eu confundisse Neil LaBute com Neil Jordan. Lapso mental, e aí adivinha? Merda, claro.

Este “Arte, Amor e Ilusão”, tem uma temática até interassante e o mesmo texto talvez tivesse se saído muito bem se ao invés de filme fosse teatro. São 90minutos de diálogos, atrás de diálogos. Não tem jeito, cansa mesmo. Apesar do texto ficar interessantes alguns momentos, é chato assistir a historia do início ao fim. A Rachel Weisz deve te rrealmente adorado o texto e resolveu bancar a brincadeira (ela assina a produção do filme), mas como a minha mulher bem colocou “quando ator se mete a produzir, faz merda”. Falou e disse, e assino embaixo, pelo menos em relação a este filme que tenta ser “Closer”mas fica muito distante.

Perda de tempo total.


Título Original: The Shape Of Things
Titulo Brasil: Arte, Amor e Ilusão
Direção: Neil LaBute
Roteiro: Neil LaBute
Genero: Drama,
Origem: EUA
Duração: 95min

Elenco:
Gretchen Mol ... Jenny
Paul Rudd ... Adam Sorenson
Rachel Weisz ... Evelyn Ann Thompson
Fred Weller ... Phillip


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)


Quando o filme acabou, minha sensação foi: Tarantino já fez melhor! Não que seja ruim, pelo contrário, o filme é bom, bem desenvolvido, tem ritmo e personagens interessantes, além de ser bem dirigido. Mas sei lá...é difícíl não lembrar das obras anteriores do diretor e aí, pela comparação, acaba-se tendo a idéia de um filme menor.

Bastardos Inglórios guarda semelhanças com outros filmes do Tarantino. Tem personagens marcantes cheios de tiques e maneirismos, cenas dramáticas bem construídas, abuso do vermelho vivo tanto nas cenas de violência e de sedução. Com poucos minutos de história, dá pra perceber a mão segura e o toque do mestre por trás das câmeras. Não é qualquer diretor que consegue se fazer tão reconhecível em suas películas. Contudo ainda assim, a sensação que tive foi de "ele já fez melhor". O que mais senti falta foi de um  personagem mais carismático, que faça falta nas cenas em que não aparece. Não há aqui um Vincent Vega, nem um Jules Winnfield, nem um Bill. Então dá um sentimento meio vazio, em se tratando de filme do Tarantino.

A história é sobre um pelotão de elite americano que caça nazistas durante a 2° Guerra, sendo que em paralelo é contada a história de uma judia que escapa por pouco da morte nas mãos do temido Landa e refaz sua vida em Paris como gerente/dona de um cinema, aonde aconterá o clímax do filme. Mas isso pouco importa, o que vale mesmo é ver como se dá o desenrolar disso tudo.



Título Original: Inglourious Basterds
Título Brasil: Bastardos Inglórios
Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Genero: Drama, Guerra
Origem: EUA
Duração: 150min


Elenco:
Brad Pitt ... Lt. Aldo Raine
Mélanie Laurent ... Shosanna Dreyfus
Christoph Waltz ... Col. Hans Landa
Eli Roth ... Sgt. Donny Donowitz
Michael Fassbender ... Lt. Archie Hicox
Diane Kruger ... Bridget von Hammersmark
Daniel Brühl ... Pvt Fredrick Zoller

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Jean Charles


Como muitos outros brasileiros, Jean Charles sonhava com a melhoria da qualidade de vida da vida na Europa. Era mais um dos muitos brasileiros que vivem em Londres. Eu mesmo, tive a oportunidade de um grande numero de brazucas na terra da Rainha quando estive lá este ano, e pude ver também de perto um sentimento de companheirismo que os brazucas que moram por lá tem entre si. Eles tentam se ajudar, e ajudar a parentes e famílias que deixaram para trás no Brasil. Não se enganam, sabe que a vida no UK é difícil também. Precisam trabalhar duro para juntar um dinheiro e muitos inclusive se submetem a vida de "apertamentos" dividindo o mesmo teto (as vezes até o mesmo quarto) com outras pessoas apenas para diminuir o valor do aluguel e fazer sobrar mais uns pounds na carteira.

Jean era um eletricista mineiro que vivia há três anos em Londres, muito possivelmente estava em condição ilegal. Suspeita-se que o seu passaporte com visto de permanência indeterminado no UK era forjado. O filme mostra um Jean bem brasileiro, sempre tentando dar um jeitinho para resolver as coisas ou ganhar mais um trocado. Um boa praça que tenta aplicar a lei de Gérson, quando lhe convém. Dividia um ape com três familiares e estava feliz com a vida na capital inglesa. Por uma cagada imensa da polícia metropolitana, o mineiro foi confundido com um terrorista-suicida que havia planejado o ataque aos metros ingleses e foi morto com diversos tiros a curta distância. Um episódio lamentável da polícia e da diplomacia que até hoje não foi capaz de punir os policiais responsáveis pela morte de Jean Charles.

Apesar do forte drama real sobre uma história de injustiça, o filme é bem fraquinho. O roteiro não se sustenta muito. A vida mostrada de Jean na capital não é muito interessante, o protagonista não tem muito a oferecer. Os dramas cotidianos mostrados são, er..., ordinários. E parece que a vida do personagem segue um tanto aleatoriamente. Não gostei do resultado, apesar de gostar muito de ver imagens de Londres, pois me remetem a minha rapida passagem por aquela cidade e de ter um show do Magal (sim, ele mesmo) dentro do filme. No mais, não há grandes destaques que chamem atenção.



Ficha Técnica:
Título no Brasil: Jean Charles
Direção: Henrique Goldman 
Roteiro: Henrique Goldman & Marcelo Starobinas
Gênero: Drama, Biografia
País de Origem: Brasil/UK
Duração: 91min


Elenco:
Selton Mello ... Jean Charles
Renu Setna ... Dilip
Vanessa Giácomo ... Vivian
Daniel de Oliveira ... Marcelo
Ewan Ross ... Armed Officer
Craig Henderson ... The Police Marksman
Bruno Bilotta ... Pierluigi
Marek Oravec ... Iatzek
David Blakeley ... Investment Banker
Luis Miranda ... Alex


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

500 dias com ela (500 days of Summer)


Já tava na hora de ver um filme que vale a pena :) Depois de uma sequência de bombas, uma história que dá gosto de ver. De tempos em tempos surge um filme com mais consistência em Hollywood. Este 500 dias com ela é o trabalho de estréia de Marc Webb e pelo que mostrou aqui, vou ficar de olho para os próximos títulos que ele lançar.

A história seria aquela do boys meets girl, mas como o próprio filme deixa claro no início, apenas seria...porque na verdade é um longa que tem muito mais pé no chão que as diversas comédias românticas que reciclam o sonho de cinderela que as meninas crescem ainda achando que vão ter um dia. É um história honesta de relação como muita das que nós temos na vida real. Conhecemos alguém, nos interessamos, nos apaixonamos e não dá certo. Isso acontece e não adianta fingir que não. Quem nunca sofreu uma dor de cotovelo que atire a primeira pedra. A diferença deste longa é justamente aceitar e mostrar que isso ocorre, por mais que não seja a nossa vontade. Nem todo relacionamento vai dar certo apenas por conta de uma das partes. Quando um não quer, dois não namoram. É simples assim.

O bacana é ver a forma como o longa se desenvolve. É uma perfeita mistura de Alta Fidelidade com Amelie Poulain, saca? Tem edições engraçadinhas que ajudam a levar a história para frente, um roteiro interessante que deixa curioso entre o vai e vem dos tais 500 dias que o protagonista se relaciona com a sua pretendente, e pra completar tem uma excelente trilha sonora com Pixies, Smiths, Clash, Belle & Sebastian e cia ilimitada.




Ficha Técnica
Título no Brasil: 500 dias com ela
Título original: (500) days of Summer
Direção: Marc Webb
Roteiro: Scott Neustadter & Michael H. Weber
Gênero: Comedia, Drama, Romance
Origem: EUA
Duração: 95min

Elenco:
Joseph Gordon-Levitt ... Tom Hansen
Zooey Deschanel ... Summer Finn
Geoffrey Arend ... McKenzie
Chloe Moretz ... Rachel Hansen
Matthew Gray Gubler ... Paul
Clark Gregg ... Vance
Patricia Belcher ... Millie
Rachel Boston ... Alison
Minka Kelly ... Autumn - Girl at interview



domingo, 8 de novembro de 2009

Brüno


Sacha Baron Cohen está de volta! Agora com outro personagem tão iconoclasta quanto seu anterior Borat. O alvo desta vez é o mundo fashion, quer dizer este é o alvo principal, porque sobra ataque para tudo quanto é lado. Ele faz piada com negros, gays, judeus, palestinos e por aí vai com a sua metralhadora giratória.

O Brüno do título é um pós-adolescente austríaco de 19 anos, gayzíssimo, que era totalmente in do mundo da moda, até fazer uma cagada monumental e ser posto na lista negra de qualquer lugar minimamente fashion. Decidido a se tornar uma celebridade ele se muda para Los Angeles com seu assistente/admirador Lutz. Com esse arremedo de história Sacha começa a criticar meio mundo e fazer diversas piadas de gosto muito duvidoso.   Como nem sempre o raio cai duas vezes no mesmo lugar, aqui Sacha erra a dose e perde totalmente a mão neste sucessor de Borat. As piadas e gags de teor sexual predominam, mas são usadas sem muita inteligencia, mais para chocar o espectador do que para contar a história.   Só para ter uma idéia, há um pênis falante numa determinada cena. Em diversos momentos o filme é constrangedor, talvez a única coisa que salve é o final aonde ele reúne um time de músicos famosos para fazer uma música ao estilo "We Are the World".



Ficha Técnica
Título no Brasil: Brüno
Título original: Brüno
Direção: Larry Charles
Roteiro: Sacha Baron Cohen
Gênero: Comedia
Origem: EUA
Duração: 81min



Elenco
Sacha Baron Cohen ... Brüno
Gustaf Hammarsten ... Lutz
Clifford Bañagale ... Diesel
Chibundu Orukwowu ... O.J.

sábado, 7 de novembro de 2009

The Marc Pease Experience


Este foi um filme que resolvi assistir apenas por conta dos atores principais Ben Stiller e Jason Schwartzman que já atuaram antes juntos em Os Excêntricos Tennenbaums. Não tinha a menor idéia do que se tratava, exceto que os dois atuavam ali.

E assim comecei a assisitir o filme. Schwartzman, pra variar, interpreta o loser da história, o protagonista que dá título ao filme Marc Pease. O personagem é um jovem adulto que vive marcado pela influência de um ex-professor de música (Ben Stiller) que teve nos tempos de colégio. E até hoje se vê preso aquele mundo do high school americano, trabalhando como motorista de limusines e sonhando em  gravar um disco com a banda que ainda tenta manter desde os tempos de escola, um grupo vocal, apesar de quatro integrantes já terem debandado.

O filme gira em torno deste mundo suburbano de Marc Pease que não consegue enxergar que o futuro brilhante que todo jovem sonha difícilmente encontra a luz do dia. E assim ele segue com um namoro mais ou menos, fazendo shows meia boca com a sua banda e se enganando com a possibilidade de que tudo irá dar certo quando ele entrar num estúdio de verdade.

O personagem principal é bem delineado, com motivações e caráter bem definidos, e é a força motora do filme só que ao mesmo tempo este personagem não é tão interessante assim, e logo o filme não consegue engrenar.



Ficha Técnica
Título no Brasil: ???
Título original: The Marc Pease Experience
Direção: Todd Luiso
Roteiro: Todd Luiso
Gênero: Comedia
Origem: EUA
Duração: 84min


Elenco:
Ben Stiller ... Jon Gribble
Jason Schwartzman ... Marc Pease
Anna Kendrick ... Meg Brickman
Kelen Coleman ... Stephanie
Gabrielle Dennis ... Tracey

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Alpha Dog


Nada demais, nada de novo. Alpha Dog é uma cinebiografia não autorizada do traficante americano Jesse James Hollywood, famoso who-the-hell nas nossas terras tupiniquins. No filme, para evitar problemas legais, foi alterado o nome do bandido para Johnny Truelove.

É uma história sem grandes atrativos sobre um traficante jovem que como todo jovem quer curtir a vida numa boa. Mas traficante que é traficante, tem agir como Zé Pequeno, não dá pra dar mole pra mané não. E aí começa o rolo do filme, forçado a reagir a um ataque na sua casa, o Johnny Truelove brinca de sequestrar o irmão do invasor de residência. Só que como nunca fez isso antes, não sabe exatamente como agir. Nem ele, nem seu bando de seguidores, um séquito de jovens maconheiros que só querem curtir a fase sexo, drogas e rock'n'roll da vida. Seus asseclas acabam até fazendo amizade com o refém.

O final é previsível e o resultado é um filme esquecível, apesar do bom elenco que reúne. Aliás, o Justin Timberlake bem que podia apostar um pouco mais na carreira de ator, porque se sai bem no papel que lhe cabe na trama. Muito natural e a vontade. Outro ótimo ator que tem emplacado vários filmaços é o protagonista do filme, Emile Hirsch que nem era tão conhecido na época deste filme.


Ficha Técnica
Título no Brasil: Alpha Dog
Título original: Alpha Dog
Direção: Nick Cassavetes
Roteiro: Nick Cassavetes
Gênero: Drama
Origem: EUA
Duração: 117min


Elenco
Bruce Willis ... Sonny Truelove
Matthew Barry ... Interviewer (as Matt Barry)
Emile Hirsch ... Johnny Truelove
Fernando Vargas ... Tiko 'TKO' Martinez
Vincent Kartheiser ... Pick Giaimo
Justin Timberlake ... Frankie Ballenbacher
Shawn Hatosy ... Elvis Schmidt
Harry Dean Stanton ... Cosmo Gadabeeti




quarta-feira, 4 de novembro de 2009

I Love you, Beth Cooper


Quando eu era adoslecente, há não muito tempo atrás, Neve Campbell, Jennifer Love-Hewitt e afins eram a nata das musas teen da tv americana. Cada época teve a sua obviamente, a Hayden Panettiere é a musa teen da atual geração. Apesar de sinceramente não entender por que? Tirando o rostinho bonitinho, que mais os americanos veem nela? Enfim, nada mais natural que abusarem da exposição da menina que se destacou no papel da cheerleader em "Heroes", escalando-a para diversos filmes de qualidade duvidosa e incentivando uma carreira musical (?).

Este longa parece ser apenas mais um meio de aproveitar pegar carona no sucesso dela na terra do Tio Sam. Apesar de ser dirigido pelo Chris Columbus, que fez o inesquecível "Esqueceram de Mim", o filme não tem nenhuma novidade interessante. Aposta em fórmulas batidas, piadas sem graça e flashbacks explicativos. Juntando um punhado de cliches sobre a high school graduation americana, a história se passa no decorrer de uma noite (outro clichê?) aonde o nerd finalmente consegue passar um tempo com o objeto da sua paixão para descobrir que ela não era exatamente o que ele imaginava mas ainda assim tem aquele final "cada-um-é-diferente-mas-gosto-de-você-mesmo-assim".

É um tipico filme para passar na sessão da tarde, embora não seja nem de longe tão bom quanto aqueles da década de 80. Aliás, quem participa deste filme é o Alan Ruck -manda um google - no papel de pai do protagonista. Para você ver, o eterno Cameron de "Curtindo a Vida Adoidado" agora interpreta pais. É amigo o tempo passa o tempo, o tempo voa e a poupança Bamerindus continua numa boa.



Ficha Técnica
Título no Brasil: ??
Título original: I Love you, Beth Cooper
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Larry Doyle
Gênero: Comédia romântica
Origem: EUA
Duração: 102min


Elenco
Hayden Panettiere ... Beth Cooper
Paul Rust ... Denis Cooverman
Jack Carpenter ... Rich Munsch
Lauren London ... Cammy Alcott
Lauren Storm ... Treece Kilmer
Alan Ruck ... Mr Cooverman

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Stan Helsing


Por alguma deformação cultural sempre gostei de assistir filmes besteirol. Digo isso sem vergonha alguma. Sei que o filme é um canalha total, não presta para nada, mas não consigo evitar. Basta descobrir que fizeram uma paródia idiota qualquer que fico curioso para ver.

Apesar de ter um foco central, este por exemplo é sobre filmes de terror, o besteirol vai se apoiar nas piadas visuais de gosto duvidoso, mulheres exibindo os peitos e uma boa dose de escatologia. O povo da psicologia que dê uma explicação para este comportamento...

Enfim, claro que já dá para advinhar a bosta que é o filme apenas de olhar o cartaz ao lado. Infelizmente esta curiosidade besteiroica me impede de ignorar, fato que recomendo fortemente. Stan Helsing é uma perda de tempo sem tamanho. É o pior besteirol que já vi. E isso é algo muito difícil ser alcançado. Besteirol já é ruim, por definição. Mas este é se superou. Sério mesmo, não lembro de ter visto outra paródia tão fraca. Não consegui rir em nenhuma piada. Não teve nem sorriso amarelo. Nem o Leslie Nielsen conseguiu salvar uma ceninha...Putz é ruim demais mesmo. Só para ter idéia tá com nota 3.7 no imdb e 2.9 no Rotten Tomatoes. Vade retro!



Ficha Técnica
Título no Brasil: Stan Helsing
Título original: Stan Helsing
Direção: Bo Zenga
Roteiro: Bo Zenga
Gênero: Comédia (?!)
Origem: EUA
Duração: 108min


Elenco
Steve Howey ... Stan Helsing
Diora Baird ... Nadine
Kenan Thompson ... Teddy
Desi Lydic ... Mia
Leslie Nielsen ... Kay

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Ônibus 174


O último filme que postei aqui era pretensamente de terror, mas horror de verdade é este Onibus 174. É um documentário forte que toca numa questão muito sensível para os cariocas (e o Brasil de um modo geral): a crescente violência e a falta de preparo policial. Com certeza os moradores desta cidade maravilhosa ainda tem este incidente muito vivo na memória. Em 12 de junho de 2000, Sandro do Nascimento sequestrou o ônibus 174 na rua Jardim Botânico em frente ao Parque Lage e manteve dez reféns por cerca de cinco horas.

A situação por si só já é tensa o suficiente, afinal este não é um tipo comum de crime que costume acontecer por aqui. Não estou negando a alta taxa de criminalidade do Rio, apenas a modalidade. Sandro estava visivelmente drogado e falava sem parar, com um discurso disconexo, fazia os passageiros escreverem com batom no vidro do onibus frases como "ele vai matar geral as 6h" ou "ele tem pacto com o diabo". A mídia cercou o lugar e televisionava ao vivo a loucura de Sandro para o país inteiro, fazendo com que ele se tornasse protagonista de um filme da realidade que ninguém quer ver.

O documentário de José Padilha, estreando na direção, é uma porrada. Estilhaça qualquer leitura maniqueísta que se queira fazer o episódio e da situação de violência da cidade. Ninguém é culpado da situação e todos são culpados da situação.

Culpa da polícia? Mas como manter a segurança da sociedade, se não recebem treinamento adequado e não tem motivação nem financeira nem psicológica para cumprir seu papel?

Culpa da bandidagem? Mas porque estas pessoas ingressam no crime para começar? Como manter uma estrutura familiar sólida se as favelas são controladas pela mão pesada do tráfico? Que oportunidade de emprego tem o indíviduo com pouco acesso a cultura e educação? E quando presos o que é feito para reparar e devolve-los a sociedade de forma produtiva?

Culpa da sociedade? Que não enxerga o problema social com que convive diariamente a cada vez que ouve um pedinte na rua ou que ignora um menino de rua? Que paga seus impostos em dia e espera ao menos poder contar com segurança policial e ações do governo?

É um filme totalmente aberto ao debate. A história de Sandro contada no filme é dura. Viu a mãe ser degolada pelo tráfico aos seis anos de idade, um episódio que marcou sua vida. Seu pai, ninguém sabe ninguém viu. Foi criado ao léu, sobreviveu como pode. Jogado nas ruas, virou ele próprio um menino de rua e teve sua escola ali. Aprendeu a pedir, roubar e se drogar com seus pares. Não havia quem tomasse conta dele. Entrou e saiu de centros de detenção, e só aprendeu que não podia voltar para lá, pois de lá nada se aprende. Seria apenas torturado e tendo sua dignidade/humanidade cada vez mais dilacerada. Teve sorte de escapar do Massacre da Candelária. Mas não dá para se solidarizar com Sandro, ele era um bandido certo?



O filme é inteligente o bastante para contrapor a voz de um outro bandido, amigo(?) de Sandro, no meio do debate.  E são frases assustadoras, dá para perceber que esta bandidagem não tem o menor apego a vida. Nem as suas, nem a dos outros. A naturalidade e a quase felicidade que o bandido conta assalta e ateia fogo nas pessoas sem o menor remorso ou qualquer sinal de piedade é brutal. Saber que existem pessoas assim vivendo na mesma cidade que eu me deixa muito mal, triste, com medo e totalmente inseguro.


O final de Sandro não tinha como ser outro. E esta é a pior parte da história. A polícia matou Sandro por sufocamento dentro do camburão, logo após o término do sequestro. E nem adianta levantar a bandeira de que a contra a polícia agiu porque a população em volta que invadiu o cerco, ia linchar o Sandro até morte se ele não fosse removido de lá.

Lembra do depoimento do amigo encapuzado do Sandro? Você não prefere que ele suma também? O problema é que a morte de Sandro ou do amigo encapuzado não resolve o problema. A luta diária da polícia contra o tráfico também não resolve. É preciso participação governamental e cobrança da sociedade. Tem que promover a inclusão social, aumentar a qualidade de vida e a renda familiar. Não é um trabalho fácil e nem rápido. Eu sempre tive a certeza de que é preciso investir em educação e saúde, se não estaremos fadados a ver outros Sandros por aí.


Ficha Técnica
Título no Brasil: Ônibus 174
Título original: Ônibus 174
Direção: José Padilha
Gênero: Documentário
Origem: Brasil
Duração: 120min


Elenco
Sandro do Nascimento
Capitão Batista
Luanna Belmonn
Maria Aparecida
Claudete Beltrana
Luciana Carvalho
Coelho
Dona Elza
Luiz Eduardo Soares