quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

You will meet a Tall Dark Stranger (Você vai conhecer o homem de seus sonhos)


Todo mundo erra e errar é humano, mas é triste constatar que o Woody Allen errou. E olha que ele vinha numa ótima sequência ao longo da década, mas este não tem nem como salvar. A história está inacabada, e você termina o filme sem entender qual era o point daquilo tudo e porque tanto personagem se nenhuma estória se sobressai. E o próprio mote do título, que brinca com a idéia de uma pessoa que lê o futuro não acrescenta nenhuma discussão sobre acaso, predestinação ou livre-arbítrio mais profunda, apenas vemos superficialmente a opinião dos personagens, mas sem grandes conclusões sobre isso. Taí uma decepção inesperada. O lado bom é que como todo ano ele lança um filme, já já teremos outro filme dele por aqui.





Ficha Técnica:
Título Original: You Will Meet A Tall Dark Stranger
Título no Brasil: Você vai conhecer o homem de seus sonhos
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Gênero: romance, comédia
Origem: EUA / Espanha
Duração: 98 min



Elenco:
Gemma Jones ... Helena
Pauline Collins ... Cristal
Anthony Hopkins ... Alfie
Rupert Frazer ... Jogging Partner
Kelly Harrison ... Personal Trainer
Naomi Watts ... Sally
Josh Brolin ... Roy
Freida Pinto ... Dia

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Rabbit Hole

Durante meus anos de faculdade, eu acompanhava meio bissextamente a coluna semanal do Dapieve no Globo, porque volta e meia ele tinha uma boa indicação para passar. Foi através dele que conheci Jack Johnson, Migala e algumas outras bandas. Ainda que a música fosse o tema mais recorrente nas suas colunas, as vezes surgia uma indicação de um filme. E muito por conta da coluna dele fui conferir um filme que cuja sinopse é no mímino esquisita: um travesti que fez uma mal-sucedida operação de mudança de sexo e tenta ganhar a vida como lead singer numa banda de rock. Mencionei que era um musical? Pois é, Hedwig - Rock Amor e traição, além de ser um filme divertidíssimo virou cult quase que imediatamente. Era o filme de estréia do até então ator, John Cameron Mitchell. 

Rabbit Hole é apenas o seu terceiro filme, e o primeiro com atores famosos, Nicole Kidman e Aaron Eckhart. Baseado num livro ganhador do pulitzer, o prêmio máximo da literatura americana, é um drama forte sobre a perda de filho e o estrago que isso pode causar no casamento. Após oito meses da morte do filho num acidente em frente ao portão de casa, o casal tem dificuldade em continuar a seguir a vida. Não sabem bem como lidar com o futuro nem com eles mesmo. Não sabem se devem ou não ter outra criança, que destino dar ao enxoval remanescente do pequeno e como encarar o olhar dos amigos e familiares  de novo. O livro provavelmente deve ser bem mais denso psicologicamente, mas o filme não faz por menos e a direção eficiente consegue tirar ótimas atuações do casal protagonista. Coleguei bastante com o drama. 


Ficha Técnica:
Título Original: Rabbit Hole
Título no Brasil:  ??
Direção: John Cameron Mitchell
Roteiro: David Lindsay-Abaire
Gênero: drama
Origem: EUA
Duração: 91min

Elenco:
Nicole Kidman ... Becca
Aaron Eckhart ... Howie
Dianne Wiest ... Nat
Miles Teller ... Jason
Tammy Blanchard ... Izzy
Sandra Oh ... Gaby

The Switch (Coincidências do Amor)

A crítica cinematográfica não costuma ser muito generosa as comédias românticas, por vezes a tratam com um certo desdém, como se fosse uma subgênero do cinema. Afinal não dá para levar a sério e compará-la a um bom drama, certo? Não sei, mas de qualquer forma eu confesso que em geral tenho uma predileção por filmes mais leves. Uma bobagem qualquer que divirta por uma hora e meia é sempre bem vinda. Além disso minha mulher também adora assistir a comédias românticas, então volta e meia isso vira um programa de casal bem agradável.

Pena que muitas vezes o filme não seja um primor, mas como falei se divertir por uma hora e pouco já tá legal. Em Coindidências do Amor, temos aquele caso clássico de comédias românticas onde o melhor amigo da protagonista sempre foi apaixonado por ela embora nunca tenha declarado. E com isso os anos passam e eles se tornam melhores amigos. Tudo bem faz parte do script, eu e você já sabemos como isso funciona e como vai terminar. Mesmo sem declarar seu amor, Wally (Bateman) acaba se tornando pai biológico do filho de Kassie (Jeniffer Aniston). Parece confuso? Bom vamos lá, Kassie havia decidido fazer uma criação independente e arruma um doador de sêmen para fazer a fertilização in vitro. Em meio a uma situação nada convencional, Wally estraga a amostra de semên do doador e acaba substituindo a amostra com seu próprio conteúdo. Enfim, quem disse que comédia romântica precisa fazer sentido? Sete anos depois, os personagens se reencontram e muita confusão na sessão da tarde está prestes a acontecer, incluindo aquele final que você já sabia desde que começou o filme. Não é melhor nem pior que a média. E por isso não recomendo, nem desrecomendo.


Ficha Técnica:
Título Original: The Switch
Título no Brasil: Coincidências do Amor
Direção: Josh Gordon, Will Speck
Roteiro: Allan Loeb
Gênero: Comédia, Drama, romance
Origem: EUA
Duração: 101min

Elenco:
Jason Bateman ... Wally Mars
Victor Pagan ... Knit Hat Guy
Jennifer Aniston ... Kassie Larson
Jeff Goldblum ... Leonard
Juliette Lewis ... Debbie

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

The Runaways (As Garotas do Rock)

No meio da minha lista do FestRio deste ano achei este The Runaways, que conta a história do grupo de rock do mesmo nome formado apenas por garotas na década de 70 e que alcançou um relativo sucesso durante os cinco anos que existiu. Uma das fundadoras do grupo é a guitarrista Joan Jett, que você provavelmente já ouviu cantando esta música. E não sabia muito mais que isso quando a curiosidade me atiçou para ver o filme. Quer dizer, sabia também que o  elenco contava com uma já adolescente Dakota Fanning e a musa dos vampiros Kristen Stewart, mas sobre a história da banda eu não sabia uma vírgula. E resolvi conferir.

The Runaways é fraco como filme. A direção não ajuda e é difícil se relacionar com os conflitos das personagens. Uma pena porque o background da história é interessante, e a música é legalzinha também. Poderia ter sido bem melhor com uma direção mais segura, mas enfim é o que temos para hoje, e a menos que curta muito o link da música acima, pode procurar um outro título para assisitr sem nenhum remorso.


Ficha Técnica:
Título Original: The Runaways
Título no Brasil: As Garotas do Rock
Direção: Flora Sigismondi
Roteiro: Flora Sigismondi
Gênero: drama, biografia
Origem: EUA
Duração: 106min


Elenco:
Kristen Stewart ... Joan Jett
Dakota Fanning ... Cherie Currie
Michael Shannon ... Kim Fowley
Stella Maeve ... Sandy West
Scout Taylor-Compton ... Lita Ford























The 41-Year-Old Virgin Who Knocked Up Sarah Marshall and Felt Superbad About It

Algum neurônio meu deve ter vindo com defeito de fabricação porque continuo insistindo em assistir esses besteirois que obviamente são filmes-bomba. Nesse eu apenas ri em uma cena, que foi realmente engraçada, mas sério qual o point de fazer comédia se nem se dão ao trabalho de pensar nas cenas para deixá-las cômicas? É um festival de escatologia e pseudo-pornografia reunida fazendo um pastiche dos filmes do Apatow (O Virgem de 40 anos, Superbab - é hoje, Ligeiramente Grávidos e Forgetting Sarah Marshall)

Espero que você não tenha este neurônio defeituoso também e passe longe desse filme.






Ficha Técnica:
Título Original: The 41-Year-Old Virgin Who Knocked Up Sarah Marshall and Felt Superbad About It
Título no Brasil: ???
Direção: Craig Moss
Roteiro: Brad Caya, Craig Moss
Gênero: Comédia, besteirol
Origem: EUA
Duração: 90min


Elenco:
Bryan Callen ... Andy
Noureen DeWulf ... Kim
Mircea Monroe ... Sarah
Steven Sims ... Jonah

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

The Sorcerer´s Apprentice (O Aprendiz de Feiticeiro)

Desde maio de 2009 que eu tava curioso para assistir este filme, mas os motivos são muito mais de ordem pessoal do que fruto das competências envolvidas na realização do filme, mesmo porque tendo a implicar bastante com as produções do Jerry Bruckenheimer, normalmente bem barulhentas e explosivas mas com pouca história no recheio. A minha estória com este Aprendiz de Feiticeiro é totalmente aleatória, um fruto do acaso mesmo.

Naquele mês de maio, ainda estava me acostumando com a idéia de finalmente ser turista em Nova Iorque - a grande maçã, capital financeira do mundo e casa de tantos cartões postais imortalizados por hollywood. Era a primeira vez que visitava a cidade, e ainda lutava para  desfazer, na minha cabeça, aquela hiper-realidade baudrillardiana que cismava em reconhecer inúmeros lugares daquele cidade que nunca havia pisado. Vagando pelas ruas em algum lugar próximo a Saint Patricks Cathedral, havia uma aglomeração de pessoas dos dois lados da rua, e os holofotes não deixavam nenhuma dúvida: era um set de filmagem ali bem na minha frente. Eu e aquele grupo de curiosos, ficamos ali nos espremendo um pouco na calçada tentando descobrir o que estaria sendo filmado ali e que atores estariam envolvidos. Os simpáticos assistentes de platô munidos de megafones pediam para que não usassem flash, pois isto estragaria a fotografia da cena e esclareceram, o filme que estava sendo rodado ali era da Disney, chamado The Sorcerer´s Apprentice, e o elenco incluia Nicolas Cage e Monica Belluci. Fiquei alguns minutos ali com a minha mulher tentando avistar um dos dois. Cage não estava ali na hora, apenas seu dublê marcava a cena e a Monica Belucci cruzou rapidamente um pedaço da calçada, mas foi difícil ver alguma coisa porque havia muita gente pra pouca calçada do outro lado do set.

Isso bastou para que eu quisesse ver o filme. Não me importava a sinopse, diretor ou elenco. Aquela boa surpresa de ver o set armado no meio do meu dia de turista já era suficiente pra querer assistir. O filme conta a história bem bobinha-ao-estilo-disney da busca através dos séculos de um substituto para o mago Merlin que irá cumprir a profecia de derrotar Morgana, sua principal inimiga. É um filme para crianças, que fique bem claro. O roteiro não se sustenta e tem vários fiapos soltos, mas a molecada nem vai se ligar nisso.



Ficha Técnica:
Título Original: The Sorcerer's Apprentice
Título no Brasil: O Aprendiz de Feiticeiro
Direção: Jon Turtletaub
Roteiro: Lawrence Konner
Gênero: ação, aventura, fantasia
Origem: EUA
Duração: 109 min


Elenco:
Nicolas Cage ... Balthazar Blake
Jay Baruchel ... Dave
Alfred Molina ...Maxim Horvath
Teresa Palmer ... Becky Barnes
Toby Kebbell ... Drake Stone
Omar Benson Miller ... Bennet
Monica Bellucci ... Veronica

The Boys Are Back

Acho que percebi que minha relação com o cinema estava ficando mais séria quando comecei a dar mais importância aos indicados do Oscar e  querer ver todos os indicados em todas as categorias. Isso deve ter se intensificado um pouco lá pelos idos de 94/95 quando Pulp Fiction, Brave Heart e Forrest Gump estavam em bastante evidência. Em algum lugar nesta época conheci pela primeira vez o nome de Scott Hicks, justamente em função de um filme dele ser indicado a sete categorias do Oscar. Hicks não levou a estatueta de melhor direção naquela época, mas Geoffrey Rush saiu de lá carregando uma de melhor ator por sua interpretação quase espírita de David Helfgot, o pianista problemático de Shine - Brilhante

Então quando passei o olho neste Boys Are back, o nome de Hicks me remeteu imediatamente ao seu fime mais famoso e a curiosidade se aguçou para ver o que ele estaria trazendo agora. Mesmo porque não lembrava de ter visto outro filme dele há tempos. (O imdb acaba de fazer o favor de me lembrar que vi sim um filme dele há relativamente pouco tempo, o insosso Sem Reservas). E fui conferir a história de Joe, um competente jornalista esportivo, que perde a mulher que lutava duramente contra um câncer. Viúvo, ele precisa novamente achar um rumo na vida e ao mesmo tempo criar os filhos, um pequeno fruto deste casamento recém interrompido e outro já adolescente que vivia com a mãe na Inglaterra, mas resolve se aproximar do pai e vir passar uma temporada com ele na Austrália. 

A história é baseada em fatos reais, e me pergunto se ele só sabe dirigir filmes assim...mas anyway é um drama interessante sobre perda da pessoa amada e um recomeço, ter de levantar forças para continuar e recompor a vida da maneira que for possível e ter esperanças de que a queda só acontece para que possamos nos levantar. Não é um filmaço imperdível, mas também não chateia de assistir. Pena mesmo é que o resultado de Shine nunca mais se repetiu...


Ficha Técnica:
Título Original: The Boys Are Back
Título no Brasil:
Direção: Scott Hicks
Roteiro: Allan Cubitt
Gênero: drama
Origem: Australia, UK
Duração: 104min


Elenco:
Clive Owen ... Joe Warr
Emma Booth ...Laura
Laura Fraser ...Katy
George MacKay ... Harry
Nicholas McAnulty ... Artie

domingo, 19 de dezembro de 2010

Despicable Me (Meu Malvado Favorito)

Adoro ver animação. Acho a maior diversão. Lembra um pouco a infância quando via todos aqueles desenhos no Xou da Xuxa. E desde o primeiro Toy Story, a animação computadorizada se tornou algo cada vez mais comum, inclusive ganhou até uma categoria excluvisa no Oscar. 

Meu Malvado Favorito foi um filme que passou no cinema e despertou uma curiosidade na época só em função do traço. Lembrava um pouco daqueles desenhos do Tim Burton, com personagens com pernas desproporcionalmente finas e um tronco muito atarracado, além disso tinha também uns bichinhos amarelos engraçados. Não fazia idéia da história e fui conferir. 

Gru é um malvado, no sentido mais desenho infantil que se possa pensar, ele gosta de ser o vilão e teve um passado glorioso como malvado. Seu próximo plano é roubar a lua, apenas porque ele é malvado, nada mais. Só que o banco decide não liberar o empréstimo que ele precisa para construir sua nave que irá permitir o roubo enquanto ele não tiver uma arma miniaturizadora, que está em posse de seu principal concorrente. E para conseguir esta arma ele acaba adotando quatro crianças num orfanato, com intuito de enganar seu oponente numa operação a la cavalo de tróia.

Apesar de não ser um filmaço, diverte bem e vale o entrenimento. Dá uma sensação de que poderia ser melhor, mas como não foi acabamos aceitando ele como é mesmo. E dá pra dar umas risadas no caminho.


Ficha Técnica:
Título Original: Despicable Me
Título no Brasil: Meu Malvado Favorito
Direção: Pierre Coffin & Chris Renaud
Roteiro: Ken Daurio
Gênero: Animação, comédia
Origem: EUA
Duração: 95min


Elenco:

Steve Carell ... Gru (voice)
Jason Segel ... Vector (voice)
Russell Brand ... Dr. Nefario (voice)
Julie Andrews ... Gru's Mom (voice)
Will Arnett ... Mr. Perkins (voice)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Faster Pussycat! Kill! Kill!


Vendo este filme foi impossível não lembrar de uma música do Seu Jorge chamada “Mania de Peitão”, não acho que ela tenha nenhuma relação com o filme ou seu diretor, mas o fato é o Russ Meyer, que assina a obra, é um tarado por peitão. Aliás seus filmes ficaram famosos em parte por isso. Ele tinha essa mania de escalar atrizes com farta comissão de frente nos seus filmes. A carreira dele ficou famosa também por fazer fotos para Playboy na década de 50/60.

Faster Pussycat! Kill! Kill! é considerado seu maior filme. E depois de assistir posso afirmar sem medo, não quero passar nem perto do seu pior filme. A história é um fiapo: três strippers/bandidas encontram um casal no meio do deserto e depois de assassinar o homem, sequestram a namorada que ficou viva. No meio do caminho ouvem uma história sobre um velho fazendeiro que guarda uma boa grana na sua casa e decidem ir até lá para assaltá-lo. É um filme B com diálogos e atuações superinverossímeis, mas que por algum motivo virou cult. Vai entender...


Ficha Técnica:
Título Original: Faster Pussycat! Kill! Kill!
Título no Brasil:
Direção: Russ Meyer
Roteiro: Jack Moran, Russ Meyer
Gênero: Cult, Trash, comédia, crime
Origem: EUA
Duração: 83min


Elenco:
Tura Satana ... Varla
Haji ... Rosie
Lori Williams ... Billie
Ray Barlow ... Tommy

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

We live In Public

Mais da leva do FestRio2010, este documentário foca um período da vida de Josh Harris, um visionário (?) e ex-milionário da febre as empresas pontocom na década de 90. Nunca nem sequer havia ouvido uma vírgula sobre o cara, mas o fato é que ele foi um destes expoentes do começo da web, ao menos nos EUA, e criou um site que virou febre lá e que de certa forma é um precursor do youtube e de outros. O site se chamava Pseudo.com e se propunha a ser o primeiro canal de tv integrado a internet, com possibilidade de interações ao vivo via chat. Fez um sucesso enorme e enchou os bolsos de Josh no processo. O dinheiro trouxe a fama, e com isso todo mundo ao redor queria ser amigo de Josh, que tinha uma certa vocação para festa também. Costumava promover uma por semana com requintes de exagero, muito bebida e música e boa parte 0800.


Com uma certa fama e muita grana no bolso, ele começou uma carreira performática e criou uns personagens para si, como um palhaço chamado Luvvy. E seu comportamento começou a incomodar seus investidores, mas ainda assim ele tinha muito grana e resolveu criar um experimento chamado “We Live In Public”, que é basicamente um big brother para uma sociedade. Ele alugou um galpão em NY e instalou centenas de compartimentos com camas, e colocou cameras em todos os lugares, inclusive banheiros. Aí convidou/selecionou uma quantidade grande de pessoas (não sei ao certo o número, mas parece que foram quase 100 cabeças) e durante trinta dias deixou as pessoas viverem ali, garantindo comida e cama, com a regra de que não poderiam sair. Lógico que a coisa toda não poderia dar certo, e o projeto foi fechado pela polícia no primeiro dia de 2001.

Josh acreditava que no futuro (até próximo) todas as pessoas teriam suas vidas compartilhadas e para isso foi a fundo neste experimento We Live In Public, após o término forçado, ele decidiu experimentar uma dose do próprio remédio e juntamente com sua namorada embutiu cameras por todos os lados da sua casa e criou um site aonde qualquer pessoa na web pudesse monitar o que acontecia na sua casa e ainda interagia com elas via chat no site. Só que, como já havia acontecido com algumas pessoas no experimentoe em NY, em pouco tempo Josh começou a experimentar problemas psicológicos em função da superexposição. E acabou terminando o projeto.

O documentário retrata bem cada uma destas etapas e levanta algumas questões interessantes sobre a exposição e o compartilhamento de uma vida em público...o que será que o futuro da midia social nos guarda?


Ficha Técnica:
Título Original: We Live In Public
Título no Brasil: ???
Direção: Ondi Timoner
Roteiro: Ondi Timoner
Gênero: documentário
Origem: EUA
Duração: 88min


Elenco:
Josh Harris ... Himself
Tom Harris ...Himself - Brother








quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Rush: Beyond the Lighted Stage (Rush: Além do Palco Iluminado)

Descobri o Rush ainda na minha adolescência e embora não seja o fã número um da banda, sempre gostei das músicas deles. A primeira vez que eles vieram ao Brasil (em 2002, ou seria 2003?) fiz questão de ir show para ver e ouvir aquelas músicas ao vivo. Este ano eles voltaram aqui, mas acabei não conferindo desta vez. Mas o fato é que o power trio canadense toca muuuuuuuito, e meio que como os Ramones, são reverênciados por um séquito de pessoas e outros músicos no mundo inteiro, embora nunca tenham tido muito sucesso comercial. Para quem gosta das músicas dos caras, o filme é um prato cheio. Talvez o único problema do documentário seja sua duração, porque abraçar toda a trajetória do grupo num só filme em cerca de duas horas é pouco. Há muita história a ser contada, são mais de trinta anos de carreira...mas ainda assim o resultado é bom e com certeza agradará aos fãs do Rush.



Ficha Técnica:
Título Original: Rush: Beyond the Lighted Stage
Título no Brasil: Rush: Além do palco Iluminado
Direção: Scott McFadyen & Sam Dunn
Roteiro: Sam Dunn
Gênero: Documentário
Origem: Canadá
Duração: 107min


Elenco:
Geddy Lee ... Himself
Alex Lifeson ... Himself
Kim Mitchell ...Himself
Kelly Paris ... Himself
Vinnie Paul ... Himself
Neil Peart ... Himself

The Dark Knight (O Cavaleiro das Trevas)


Curiosidade é uma coisa muito…curiosa :S Recentemente em alguma mesa de bar, conversei sobre a recente versão do curinga neste filme. Corta para outro dia quando liguei a tevê e estava passando Dark Knight, já no finzinho, mas aí a curiosidade já havia acendido...e decidi conferir de novo, agora em full HD, Dark Knight. É um filmaço! Impressionante a quantidade de bons requisitos reunidos num filme só: ótimos atores (Michael Caine, Morgan Freeman, Heath Ledger, Gary Oldman, Aaron Eckhart e, vai, o Christian Bale não compromete também), um excelente diretor Christopher Nolan e um ótimo roteiro. Realmente seria difícil fazer um filme ruim com tantos predicados.

Este Batman, talvez o melhor de todos os já filmados, conta uma história muito sombria e com um vilão aterrorizante. O Curinga do Heath Ledger é absurdamente mal. Ele não tem moral e não tem preocupações, mas o filme ainda lhe dá uma dimensão psicológica bizarra. A história que ele conta em diferentes versões ao longo do filme “Why So Serious?”, é de uma crueldade bizarra. É um vilão que se diverte em criar o caos e ele nem ao menos tem interesse em destruir Batman, afinal ele perderia assim sua diversão. E ver o filme em full HD é outra experiência, Gotham fica ainda mais sombria e aterrorizante, a maquiagem fica mais tenebrosa e o filme ainda melhor. Para quem não viu, fica a dica, assista já!


Ficha Técnica:
Título Original: The Dark Knight
Título no Brasil: Batman - O Cavaleiro das Trevas
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Jonathan Nolan, Christopher Nolan
Gênero: ação, aventura, fantasia
Origem: EUA
Duração: 152min



Elenco:
Christian Bale ... Bruce Wayne / Batman
Heath Ledger ...Joker
Aaron Eckhart ... Harvey Dent
Michael Caine ... Alfred
Maggie Gyllenhaal ... Rachel
Gary Oldman ... Gordon
Morgan Freeman ... Lucius Fox

400contra1 - uma história do crime organizado

Em alguma edição da Bienal do Livro que já não me recordo mais, comprei alguns livros sobre a violência urbana do Rio, entre eles um chamado 400contra1 – uma história do crime organizado, que contava a história do nascimento do Comando Vermelho, de acordo com o testemunho de um de seus fundadores, o “Professor” William da Silva Lima. O livro, escrito em linguagem bem simples e coloquial, conta como se deu a interação entre os presos comuns e os presos políticos no presídio de Ilha Grande durante as décadas de 70/80. Deste convívio, ideais socialistas e luta armada passaram a integrar o pensamento dos presos comuns que tiveram um entendimento um pouco diferente do meio acadêmico, absorvendo esta nova cultura da forma que lhes foi possível. E assim foram criadas as bases do Paz, Justiça e liberdade que norteiam ou norteavam o CV. 

O filme parte de uma história real e muito impactante, mas o resultado é tão ruim que não vale a pena perder seu tempo assistindo. O livro é anos luz mais interessante e de leitura tão fácil que é melhor gastar seu tempo lendo-o que vendo o filme, você gasta o mesmo tempo. Mas falando do filme, o roteiro/edição não se define em que tempo quer focar e fica um pingue-pongue entre os anos que é difícil entender a evolução e os objetivos dos personagens. As atuações não convencem muito e a escalação do Daniel Oliveira pro papel do professor é muito equivocada...Se o assunto interessa, leia o livro é a melhor opção.



Ficha Técnica:
Título Original: 400contra1 Uma história do crime organizado
Direção: Caco Souza
Roteiro: Julio Ludemir
Gênero: crime, drama
Origem: Brasil
Duração: 112min

Elenco:
Jonathan Azevedo ... Baiano
Jefferson Brasil ... Biro
Rodrigo Brassoloto ... Neco
Daniel de Oliveira ... William da Silva Lima
Daniela Escobar ... Teresa
Felipe Kannenberg ... Custódio
Negra Lee ... Geni

The Social Network (A Rede Social)

Filme mais comentado atualmente do último mês, a história do nascimento do Facebook é cercada de traições e puxadas no tapete feitas por um jovem nerd da computação, o hoje bilionário Mark Zuckerberg. A primeira grande surpresa para mim foi saber que a direção do filme ficou a cargo do David Fincher, responsável por Clube da Luta e Se7en, isso para mim já valia conferida. E a história ainda é interessante a criação de um dos maiores site da atualidade, talvez a única real concorrência do Google hoje em dia. Ja até comprei o livro para dar uma lida também, mas vamos ao filme. Ainda em Harvard, Mark fica amigo do brasileiro Eduardo Saverin e juntos resolvem criar um site para nota nas mulheres no campus, e em uma noite derrubam o site da faculdade devido ao volume de tráfego gerado. 

Com esta experiência bem sucedida, além de ganhar uma notificação da reitoria, Mark chama a atenção de dois irmãos wasp também da faculdade que tem intenção de criar uma rede social da faculdade e precisam de um bom programador. Mark aceita a proposta, mas ao mesmo tempo ambiciona criar algo maior que envolva não só o campus de Harvard, mas o de todas as faculdades dos EUA e chama seu amigo Saverin para entrar como sócio admistrativo e financeiro. O resto é a história, hoje o facebook é um sucesso mundial com quase 1 bilhão de pessoas inscritas e algumas rasteiras feitas por Zuckerberg tanto ao seu amigo Saverin quanto aos irmãos wasp. 

A fama de Zuckerberg nunca foi das melhores, mas o filme não pega pesado com ele, apesar de apresentar alguns fatos que denotam uma certa falta de caráter em diversos momentos da vida do jovem empresário, que também podem estar relacionadas ao fato da fama/dinheiro virem num estágio muito cedo na vida de uma pessoa, que pode não saber lidar com isso direito. A direção é boa e o roteiro idem. Se você conseguir sobreviver ao diálogo inicial do filme – um tiroteio verbal bem difícil de acompanhar – com certeza vai gostar do resto da história. Boa pipoca.




Ficha Técnica:
Título Original: The Social Network
Título no Brasil: A Rede Social
Direção: David Fincher
Roteiro: Aaron Sorkin
Gênero: drama
Origem: EUA
Duração: 120min

Elenco:
Jesse Eisenberg ... Mark Zuckerberg
Rooney Mara ... Erica Albright
Bryan Barter ... Billy Olsen
Dustin Fitzsimons ...Phoenix Club President
Joseph Mazzello ... Dustin Moskovitz

Art and Copy

Propaganda é um mercado umbiguista. Adoram fazer citações e piadas internas, se autoreverenciar e criar prêmios para seus coleguinhas do meio. E gastam muito com isso: tempo e dinheiro, quando deveriam se preocupar em vender, que afinal é a alma da propaganda, mas isso é discussão para depois.


Art And Copy é um documentário sobre propaganda e sobre como os criativos criam as peças que entram na vida das pessoas, ou pelo menos tenta fazer isso. O fato é que é um filme muito mais focado no mercado norte-americano e boa parte das citações do filme não são domínio-público aqui, o que tira muito o impacto do filme e do seu conteúdo.  Mesmo pros tarados da publicidade (Meio& Mensagem, Updateordie e afins) que fizeram bastante divulgação do filme aqui recentemente, é um filme que não dialoga com o publico brazuca. Não gostei muito e não é essa coca-cola toda que a propaganda sobre ele predizia.





Ficha Técnica:
Título Original: Art and Copy
Título no Brasil: ???
Direção: Doug Pray
Roteiro: Gregory Beauchamp (original concept)
Gênero: documentário
Origem: EUA
Duração: 90 min




Elenco:
Lee Clow ... Himself
Jim Durfee ...Himself
Cliff Freeman ... Himself
Jeff Goodby ... Himself
David Kennedy ... Himself
George Lois ... Himself

Estômago



Estômago foi um filme que passou um pouco batido pelos cinemas e não lembro de muita propaganda a epoca do lançamento, e sinceramente nunca entendi porque, mas até aí também nunca entendi perfeitamente a lógica do mercado de cinema brasileiro... O fato é que este filme é um dos melhores filmes brasileiros que já vi. Sério mesmo, é um roteiro muito bem escrito e bem amarrado que conta entrelaçando o passado e o presente da vida de Nonato de migrante nordestino chegando em São Paulo e começando a trabalhar como ajudante de cozinha até os dias de hoje já preso e cozinhando para seus amigos de cela.

As atuações principalmente do João Miguel e do Babu Santana já valeriam o filme, mas Estômago é mais que isso, é cinema bem feito. Com boa trilha sonora, boa edição e excelentes diálogos, com frases que poderiam (e deveriam) ter virado bordão na boca do público como aconteceu com Tropa de Elite. Porque isso não aconteceu, sinceramente não sei...mas com certeza durante o filme você vai pescar algumas para ficar repetindo depois com seus amigos.




Ficha Técnica:
Título Original: Estômago
Direção: Marcos Jorge
Roteiro: Fabrizio Donzito
Gênero: drama
Origem: Brasil
Duração: 113min


Elenco:
João Miguel ... Nonato
Fabiula Nascimento ... Íria
Babu Santana ... Bujiú
Carlo Briani ... Giovanni
Zeca Cenovicz ... Zulmiro
Paulo Miklos ... Etectera

domingo, 5 de dezembro de 2010

Scott Pilgrim vs the World (Scott Pilgrim contra o Mundo)

Durante o FestRio deste ano, achei uma sinopse interessante de um filme com o Michael Cera, baseado numa HQ e fiquei com a pulga atrás da orelha. Aí veio a RioComicon e lá estava o tal quadrinho do Scott Pilgrim ressurgindo na minha vida de novo. Resolvi dar uma chance ao acaso e comprei a HQ, mas apenas o primeiro dos três volumes da história. Assim que terminei de ler, me bateu um certo arrependimento por não ter comprado os outros volumes e deu uma curiosidade enorme de saber como terminaria essa história. A solução mais prática (e econômica) então foi ver o filme. 

A história de Scott Pilgrim é o seguinte: ele é baixista de uma banda em Toronto e se apaixona por Ramona, o problema é que ela tem uma liga da sete ex-namorados que  irão fazer de tudo para impedir que ela se relacione com Scott. Pode parecer um pouco surreal este enredo mas a fantasia é nessa linha e a mistura cultura pop, rock e videogame é muito bem orquestrada numa edição moderninha que dá ao filme uma cara de quadrinho animado maneiríssima. Gostei muito do resultado. Diverte fácil e ainda tem uma trilha sonora bem legal. 



Ficha Técnica:
Título Original: Scott Pilgrim vs the world
Título no Brasil: Scott Pilgrim contra o mundo
Direção: Edgar Wright
Roteiro: Michael Ball & Edgar Wright
Gênero: aventura, comédia, fantasia
Origem: EUA, Canadá, Reino Unido
Duração: 112min


Elenco:
Michael Cera ... Scott Pilgrim Alison Pill ... Kim Pine
Mark Webber ... Stephen Stills
Johnny Simmons ... Young Neil
Ellen Wong ... Knives Chau
Kieran Culkin ... Wallace Wells

sábado, 13 de novembro de 2010

Eat, Pray, Love (Comer, Rezar e Amar)

Comer, rezar, amar é um filme mulherzinha sobre uma escritora que tem uma crise de identidade e após terminar seu casamento resolve tirar um ano sabático para ir visitar três países aproveitando o melhor há de melhor neles: a comida na Itália, a espiritualidade na India e o amor em Bali. O livro já era um best seller há algum tempo nas livrarias então nada mais óbvio que sua versão cinematográfica não tardasse a aparecer.

É bem provável que o livro seja mais interessante, ou pelo menos mais completo, já que no filme algumas situações são apressadas e o fato de haver três segmentos claros (os verbos do título) ainda há uma etapa introdutória aonde conhecemos o background da personagem. É muito assunto para colocar num filme só...Apesar das locações serem maneiríssimas, a fotografia não é exuberante, uma pena pois com certeza daria um impacto maior nas cenas. E a direção é apenas ok, novamente uma pena, pois o Ryan Murphy que assina a obra é um dos criadores e principal diretor do Glee, um dos seriados mais comentados atualmente e que inclusive eu sou bem fã. Agora a Julia Roberts tem cacife para levar o filme e consegue com certeza garantir a bilheteria, mas o tempo passa e o tempo voa Julia, tá ficando difícil de convencer a platéia no papel de mulher balzaca.



Ficha Técnica:
Título Original: Eat, pray, love
Título no Brasil: Comer, rezar, amar
Direção: Ryan Murphy
Roteiro: Ryan Murphy
Gênero: drama, romance
Origem: EUA
Duração: 133min


Elenco:
Julia Roberts ... Liz Gilbert
Hadi Subiyanto ... Ketut Liyer
Billy Crudup ... Stephen
Viola Davis ...  Delia Shiraz
James Franco ... David Piccolo
Javier Bardem ... Felipe

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Primal Fear (As Duas Faces de um Crime)

Odeio estas traduções toscas que neguinho põe nos filmes aqui no Brasil. Não tem nada a ver o título original com a tradução que ganhou por aqui, que aliás "entrega" parte do sentido do filme, sem a menor necessidade claro. Enfim, desabafos a parte, este filme vale pela atuação sensacional do Edward Norton que tem uma estrela forte: ele foi indicado ao Oscar como melhor ator coadjuvante por este papel, sendo que era simplesmente seu debut no meio cinematográfico. A atuação dele carrega mais o filme do que o carismático Richard Gere, que interpreta o seu advogado na estória.

Não vou ficar entregando a trama para quem não viu ainda, mas dá pra adiantar que é um filme de tribunal sobre um crime violento. O principal suspeito é o coroinha interpretado por Norton. E mais não conto. E pra quem é fã do Lost, é uma oportunidade para ver o Locke antes da fama do seriado no papel de um policial durão.



Ficha Técnica:
Título Original: Primal Fear
Título no Brasil: As Duas Faces de um Crime
Direção: Gregory Hoblit
Roteiro: Steve Shagan
Gênero: Crime, Drama
Origem: EUA
Duração: 129 min


Elenco:
Richard Gere ... Martin Vail
 Laura Linney ... Janet Venable
 John Mahoney ... Shaughnessy
 Alfre Woodard ... Shoat
 Frances McDormand ... Molly
 Edward Norton ... Aaron

Inception (A Origem)

Nova tese: se você termina o filme com vontade de ver de novo é porque o filme é bom. A Origem é assim. Com alguns meses de atraso finalmente assisti o filme que todo mundo estava comentando há uns três meses atrás.

A Origem é um filme muito doido sobre - atenção pro spoiler - o sonho, dentro do sonho, dentro do sonho, e por aí vai como um desenho do Escher (aliás os desenhos dele são referência em algumas cenas de perseguição nas escadas). Cobb (Di Caprio) é uma espécie de espião/ladrão nos sonhos, pois consegue roubar segredos das pessoas enquanto elas dormem, atuando dentro do sonho delas. Este argumento - o ladrão dos sonhos - tinha tudo para virar um filme bem hollywood apenas com efeitos e sem cérebro nenhum. E provavelmente teria virado se a direção e o roteiro não fosse do grande Christopher Nolan que tem uma pequena porém excelente filmografia com títulos como Amnésia e o Batman - O Cavaleiro das Trevas. Desde que vi Amnésia tenho acompanhado a carreira dele. E até agora ele não me decepcionou. Gostei de todos os filmes que ele dirigiu. Inclusive já está separado aqui para assistir o Following, seu primeiro longa. E pra você que me lê até aqui aproveita pra conhecer o primeiro filme (curta) que ele dirigiu aqui ó. Mais uma vez, Nolan não deixa a peteca cair e põe um elenco de peso nesse filmaço que vale a pena ser revisto. Já estou até preparando a reprise aqui.




Ficha Técnica:
Título Original: Inception
Título no Brasil: A Origem
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Christopher Nolan
Gênero: Ação, ficção, thriller
Origem: EUA
Duração: 148min


Elenco:
Leonardo DiCaprio ... Cobb
Joseph Gordon-Levitt ... Arthur
Ellen Page ... Ariadne
Tom Hardy ... Eames
Ken Watanabe ... Saito
Dileep Rao ... Yusuf
Cillian Murphy ... Robert Fischer
Tom Berenger ... Peter Browning
Marion Cotillard ... Mal
Pete Postlethwaite ... Maurice Fischer
Michael Caine ... Miles

À L'Ouest de Pluton (Oeste de Plutão)

Esse foi mais um filme que anotei a partir da sinopse dos filmes do FestRio 2010. Nunca havia ouvido falar sobre os diretores do filme mas parecia interessante a idéia de retratar a adolescência atual a partir de um microcosmo, no caso uma escola em Quebec no Canadá. O filme é um mosaico sobre questões da adolescência, os medos, as frustrações amorosas, a iniciação ao álcool e a maconha, mas sem grandes pretensões de explicar o mundo.

O filme começa com os personagens se dirigindo diretamente a câmera, como se fossem os professores, com o quadro negro ao fundo, e a platéia  assume o papel dos alunos, afinal neste filme o lugar do espectador é quem terá uma aula sobre a adolescência. Os atores são todos desconhecidos, o que acrescenta ainda mais veracidade as tramas das quase-crianças, e a estória é ordinária, porém por isso mesmo é interessante. É difícil não relacionar alguma parte do filme com a nossa própria transformação rumo a vida adulta. Outro dia li aqui mesmo na web uma frase genial que não era direcionada a adolescência, mas tinha tudo pra ser: "é fazendo merda que se aduba a vida". 



Ficha Técnica:
Título Original: À L'Ouest de Pluton
Título no Brasil: Oeste de Plutão
Direção: Henry Bernadet & Myriam Verreault
Roteiro: Henry Bernadet & Myriam Verreault
Gênero: drama
Origem: Canadá
Duração: 90min


Elenco:
Marie Frédérique Auger ... Serveuse de Chez Gilles Patate
Caroline Beauséjour ... Isa
Yann Bernard ... Kevin
Frédérique Boivin-Lafrance ... Nath

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cop Out (Tiras em Apuros)


Confesso que sou fã do Kevin Smith, desde a adolescencia quando assisti pela primeira vez O Balconista. De lá pra cá, vejo todos os filmes que ele faz, e o melhor não me decepciono. Mesmo o Menina dos Olhos (Jersey Girl) achei legal. Este novo filme dele é o primeiro em que ele dirige sem escrever o roteiro, mas ainda assim dá pra ver muito do humor do Kevin durante o filme, principalmente porque ele também é editor do filme então os cortes casam certinho com a direção. O roteiro não é um primor da originalidade, mas é correto e está bem amarrado, e com uma boa direção o resultado é bom. O Bruce Willis e o Tracy Morgan estão super a vontade no papel de policiais que após fazerem uma cagada numa operação são suspensos por trinta dias. Mas não demora muito para dupla bater de frente com uma quadrilha de traficantes mexicana e aí vai ter muuuuuita confusão na sessão da tarde, envolvendo um cartão de beisebol, um praticante de parkour doidão e uma mexicana ilegal. Sem contra indicações e muito indicado pra quem já é fã do Kevin Smith.









Ficha Técnica:
Título Original: Cop Out
Título no Brasil: Tiras em Apuros
Direção: Kevin Smith
Roteiro: Rob Cullen, Marc Cullen
Gênero: Comédia, Aventura
Origem: EUA
Duração: 107min

Elenco:
Bruce Willis ... Jimmy Monroe
Tracy Morgan ... Paul Hodges
Juan Carlos Hernández ... Raul
Cory Fernandez ... Juan
Ana de la Reguera ... Gabriela

Predators (Predadores)

Quando era criança e ainda morava lá pelas bandas da Taquara, adorava ir a locadora e alugar filmes de ação. Os favoritos daquela época eram filmes com Stallone (Tango&Cash, Condenação Brutal, Stallone: Cobra), Van Damme (O Grande Dragão Branco - um clássico até os dias de hoje, Cyborg, Kickboxer) e com Schwarzenegger (Comando para Matar, O Sobrevivente, Jogo Bruto). Vi diversas vezes os filmes acima, mas com certeza um dos que mais vi e revi foi Predador. Eu me amarrava no filme sobre o grupo de militares na floresta sendo caçados por aquele alien. Os efeitos especiais que tentavam simular a visão do alienígena eram ótimos, ou pelo menos eu acreditava nisso naquela época. Perdi a conta de quantas vezes vi Predador quando criança. Então nada mais natural, para mim, do que me interessar em ver os filmes subsequentes do predador como Predador 2, Aliens vs Predador, Alien vs Predador 2 e agora este Predadores.

Em time que tá ganhando não se mexe, não é verdade? Então não há muita novidade neste filme. Um grupo de humanos será caçado por predadores. Dã. Não tem mais roteiro do que isso e não precisa também. É um filme pra quem é fã do Predador. Se não é a sua, nem precisa ler esse texto, porque você não vai assistir mesmo. A história começa com um grupo de humanos caindo em queda livre em direção a uma floresta, os que acordam a tempo acionam o para-quedas para sobreviver. Logo temos reunidos um grupo barra-pesada composto por militares, mercenários e detentos nivel Fernandinho Beira-mar. Eles não estão mais na Terra e sim num playground de caça dos Predadores e serão caçados até a morte. O filme conta com um bom elenco com nomes como Adrien Brody, Topher Grace, Laurence Fishburne, Alice Braga (olha o Brasil aí) e Danny Trejo. A direção do Nimrod Antál, famoso who-the-hell, dá pro gasto e os efeitos especiais mtv-style dão agilidade ao filme.Vale pros fãs do Predador :)




Ficha Técnica:
Título Original: Predators
Título no Brasil: Predadores
Direção: Nimrod Antál
Roteiro: Alex Litvak, Michael Finch
Gênero: Aventura, ficção
Origem: EUA
Duração: 107min


Elenco:
Adrien Brody ... Royce
Topher Grace ...Edwin
Alice Braga ... Isabelle
Walton Goggins ...Stans
Oleg Taktarov ... Nikolai
Laurence Fishburne ... Noland
Danny Trejo ... Cuchillo




























Get Him to the Greek (O Pior trabalho do Mundo)

Já comentei aqui no blog sobre os filmes do Apatow que normalmente envolvem o universo masculino sem trazer aquela penca de estereótipos normalmente envolvidos, mas infelizmente chega a hora em que há a exceção como neste Get Him To the Greek

Produzido pela cia do Apatow, mas dirigido pelo Nicholas Stoller que já havia realizado o Forgetting Sarah Marshall (Ressaca de Amor) onde originalmente surgiu o personagem Aldous Snow, um rock star inglês que tinha uma participação bem interessante e acabou ganhando um filme inteiro para si agora.

O porém é que esqueceram de trabalhar no roteiro. Devem ter achado que bastava o personagem engraçado do filme anterior para garantir o sucesso desse spin-off, mas não é bem por aí. E o resultado é um filme grosseiro que apela para piadas vulgares e grande parte das vezes sem a menor graça. Não perca tempo, escolha outro título e seja mais feliz.



Ficha Técnica:
Título Original: Get Him To The Greek
Título no Brasil: O Pior Ttrabalho do Mundo
Direção: Nicholas Stoller
Roteiro: Nicholas Stoller & Jason Segel
Gênero: comédia
Origem: EUA
Duração: 109min



ELENCO:
Jonah Hill ... Aaron Green
Russell Brand ... Aldous Snow
Rose Byrne ... Jackie Q
Tyler McKinney ... African Child in Video
Zoe Salmon ... Herself

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Carancho

Desde que comecei a acompanhar o Festival do Rio, há dez anos, desenvolvi a doença o hábito de pegar a programação do festival e ler todas as sinopses dos filmes que serão exibidos. Normalmente são cerca de 350/ano, vou lendo com a caneta em punho para já ir separando os que me despertam interesse. Este ano separei vinte e seis, só não sei se vou conseguir ver todos...Enfim este Carancho é dirigido pelo argentino Pablo Trapero, que é figurinha fácil no festival. E pra completar ainda tem como protagonista o fantástico Ricardo Darín. Pesquisando aqui na internet já li que foi o filme escolhido pela Argentina para participar das indicações a filme estrangeiro no Oscar do ano que vem. Não sei se leva, mas o filme é bem interessante. Conta a história de Sosa (Darín) um "carancho de mierda" como alguém o descreve logo no início da película. Em português, carancho significa carcará, uma ave aparentada do urubu que também vive de comer carniças, assim como Sosa que ganha a vida representando legalmente famílias envolvidas em acidentes de trânsito. O único porém é que nestas transações os benefícios financeiros acabam sendo maiores para os "advogados" do que para a família. Sosa orbita este submundo de Buenos Aires e começa a ter esperança em sair dele após conhecer Lujan, uma médica socorrista que passa as madrugadas em ambulâncias resgatando acidentados de trânsito. Lujan aos poucos vai entendendo melhor como funciona o trabalho de Sosa. É muito bem dirigido e fotografado, e com boas atuações Carancho. Vale a curiosidade.


Ficha Técnica:
Título Original: Carancho
Título no Brasil: ???
Direção: Pablo Trapero
Roteiro: Alejandro Fadel; Martín Mauregui
Gênero: Crime, drama
Origem: Argentina
Duração: 107min

Elenco:
 Ricardo Darín ... Sosa
 Martina Gusman ... Luján
 Carlos Weber
 José Luis Arias

Finding Bliss (Amor em Extase)

Confesso que o me chamou a atenção a esse filme foi a Leelee Sobieski. A sinopse era bobinha mas eu simpatizo com ela, a atriz não a sinopse, e resolvi arriscar. Lógico que virou mais um filme pra comprovar minha tese de que a escolha do filme sempre deve ser norteada pela direção e não pelos atores. 

O filme é sofrível do começo ao fim. É pior que filme B, porque estes ao menos sabem rir de si mesmo. Jody (Leelee Sobieski) é uma aluna cdf que se forma entre os primeiros de sua turma e sonha em dirigir seu longa-metragem, cujo roteiro ela mesma escreveu. Se muda para hollywood para buscar emprego e tentar produzir seu filme, mas a realidade é dura e único lugar aonde ela consegue emprego é como editora de filmes porno. Apesar da vergonha inicial de trabalhar ali e esconder isso dos pais, aos poucos ela percebe que pode utilizar o estúdio da produtora pra filmar o seu longa utilizando todos os artifícios possíveis para segurar o orçamento lá em baixo. Como disse a sinopse é boba, mas o pior é que as atuações são canastras, os diálogos são ruins e a direção péssima. Não tem nada que salve. Próximo!





Ficha Técnica:
Título Original: Finding Bliss
Título no Brasil: Amor em Extase
Direção: Julie Davis
Roteiro: Julie Davis
Gênero: Comedia
Origem: EUA
Duração: 95min

Elenco:
Leelee Sobieski ... Jody Balaban
Matthew Davis ... Jeff Drake (as Matt Davis)
Denise Richards ... Laura / Bliss
Donnamarie Recco ... Kathleen

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Machete

Machete é o melhor filme do Tarantino desde Kill Bill. Mas aí você vai perguntar, mas Machete não é dirigido pelo Robert Rodriguez? Sim é, mas é o filme mais Tarantinesco a estreiar nos cinemas desde que o Bill morreu no fim do Kill Bill 2.

A história de Machete é hilária e o pouco caso que o próprio filme faz dele é o que o torna tão delicioso de assistir. Um ex-agente federal mexicano é emboscado e traído por seus parceiros, só não morre por um desses acasos inventados para dar seguimento no script. Três anos depois, Machete ressurge como um mexicano ilegal numa cidade da fronteira procurando trabalho, mas claro que o trabalho que surge para ele é algo que vai envolver violência e muita morte. Totalmente inspirado nos filmes-B da década de 70, tem uma quantidade de matanças absurdas, não somente pelo número mas pela forma também incrivelmente mentirosas. Ainda assim é uma grande diversão é garantida, enquanto você não tiver nenhum compromisso com a veracidade do justiceiro implacável. Legal ainda foi ter dado o papel principal ao Danny Trejo, um ator que costuma interpretar papéis de criminoso mexicano em filmes de baixo orçamento nos filmes do Van Damme e do Steven Seagal, aliás Seagal faz o papel do vilão em Machete e tem uma das melhores mais canastras mortes do cinema. Sério, me diverti muito, acho que vou até rever o filme agora.





Ficha Técnica:
Título Original: Machete
Título no Brasil: Machete
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Gênero: Aventura
Origem: EUA
Duração: 105min



Elenco:
Danny Trejo ... Machete Cortez
Robert De Niro ... Sen. John McLaughlin
Jessica Alba ... Sartana Rivera
Steven Seagal ... Torrez
Michelle Rodriguez ... Luz
Jeff Fahey ... Michael Booth
Cheech Marin ... Padre

sábado, 2 de outubro de 2010

The Joneses (Amor por Contrato)

Os Jones são a típica família bem sucedida americana. Tem uma casa toda decorada, itens de primeira linha, um bom carro, boas roupas e tudo mais como dita a última moda, mas será que é realidade é como enxergamos? 

É o trabalho de estréia do Derrick Borte e tem um argumento até interessante. A família Jones na verdade não é uma família e sim uma ativação de marketing. Eles são vendedores que tem como meta alavancar a venda de diversos produtos que compõem a felicidade consumista da sociedade norte-americana. A idéia por trás deste marketing é assustador porque a gente nunca sabe se isso já existe ou se é uma idéia que algum publicitário ainda vai conseguir emplacar. Apesar do argumento ser interessante, o filme é bobinho e a história acaba caindo num romancinho besta e sem credibilidade. Seria bem melhor se tivesse apostado mais na idéia da família-conceito.









Ficha Técnica:
Título Original: The Joneses
Título no Brasil: Que Família é essa?
Direção: Derrick Borte
Roteiro: Derrick Borte
Gênero: comedia
Origem: EUA
Duração: 96min


Elenco:
David Duchovny ... Steve Jones
Demi Moore ... Kate Jones
Amber Heard ... Jenn Jones
Ben Hollingsworth ... Mick Jones
Gary Cole ... Larry Symonds

El Laberinto del fauno (O labirinto do fauno)

Em Busca da Terra do Nunca me fez querer rever O Labirinto do Fauno. Isso porque ambos tratam desta temática da imaginação infantil e do poder que ela tem na vida da criança, ainda que o Labirinto seja um filme muito mais carregado para o dark side of life

Ofelia é uma garota que adora sua mãe e não entende muito bem o porque tem que conviver com seu padrasto, um militar intransigente e muito do fdp na Espanha de Franco. E justamente por não entender bem o caos do momento em que vive vai ser refugiar na fantasia que inventa para aquela casa no meio mato. É um filme bonito e muito triste ao mesmo tempo. A direção de arte é incrível e a fotografia não deixa por menos. Embora tenha gostado muito mais do filme na primeira vez que assisti do que nesta última, vale a pena dar uma conferida.



Ficha Técnica:
Título Original: El Laberinto del Fauno
Título no Brasil: O Labirinto do Fauno
Direção: Guillermo del Toro
Roteiro: Guillermo del Toro
Gênero: Drama, fantasia
Origem: Mexico/Espanha/EUA
Duração: 119min

Elenco:
Ivana Baquero ... Ofelia
Sergi López ... Vidal
Maribel Verdú ... Mercedes
Doug Jones ... Fauno / Pale Man