domingo, 21 de março de 2010

Kung Fu Panda

Não dá para não dar risada com este Kung Fu Panda. A estória começa num sonho delirante de Po, o panda protagonista, aonde ele imagina ser o maior e melhor lutador de kung fu de todo seu reino. Claro que ao acordar e por os pés no chão vemos que Po é um panda gordinho e estabanado que, apesar de adorar kung fu e admirar os cinco fantásticos lutadores do templo aonde vive, não leva jeito para coisa.

Po trabalha no restaurante de macarrão de propriedade do seu pai, uma garça, que não vê a hora de seu filhote assumir toda a responsabilidade pelo negócio. No entanto a vida de Po vai mudar completamente ao ser indicado pelo guru local como a próxima encarnação do Guerreiro do Dragão e defensor do reino do mal que se aproxima na figura do tigre e exímio lutador de kung fu Tai Lung.

O roteiro não é dos mais originais, o lutador fraco que contra todas as adversidades vai superando os obstáculos um por um, inclusive o descrétido dos mestres encarregados de treiná-lo, porém a animação é muito bem feita e divertida. As vozes originais também dão um colorido super especial a obra que não tem contra-indicações.

Ficha Técnica:

Título Original: Kung Fu Panda
Título no Brasil: Kung Fu Panda
Direção: Mark Osborne e John Stevenson
Roteiro: Jonathan Abiel & Glenn Berger
Gênero: Animação, aventura
Origem: EUA
Duração: 92min

Elenco:
Jack Black ... Po (voice)
Dustin Hoffman ... Shifu (voice)
Angelina Jolie ... Tigress (voice)
Ian McShane ... Tai Lung (voice)
Jackie Chan ... Monkey (voice)
Seth Rogen ... Mantis (voice)
Lucy Liu ... Viper (voice)

The Cove

O vencedor do Oscar de melhor documentário de 2010 é um soco na boca do estômago. As imagens da matança dos golfinhos não são nada fáceis de digerir. É muita brutalidade num filme só. E é muito amargo também a história do ex-treinador de golfinhos e hoje ativista Ric O'Barry. Ele era o treinador do Flipper, o golfinho que o mundo aprendeu a amar e que foi responsável pelo surgimento de parques aquáticos com animais marítimos em cativeiro. Ric aprendeu, dez anos depois, que golfinhos em cativeiro entram em depressão e ele mesmo teve a infelicidade de presenciar o suicídio do Flipper original, em seus braços. Ric sofre há anos pela reputação construída acerca dos golfinhos e que ele mesmo ajudou a construir. E tenta há anos alertar ao mundo sobre o massacre que acontece anualmente em Taiji, uma pequena baía japonesa. Lá são assassinados anualmente 23mil golfinhos, cuja carne com níveis alarmantemente altos de mercúrio é vendida a processadores de alimentos locais que a vendem posteriormente como carne de baleia. O absurdo desta frase anterior é dissecado ao longo de uma hora e meia de filme. O ativismo de Ric acabou chamando a atenção do diretor deste doc que montou uma esquadrão classe A para conseguir filmar a matança dos golfinhos que, apesar de feita com a anuência das autoridades locais, era desconhecida de boa parte da população. Desde então eles tentam divulgar estas imagens para o mundo e tentam impedir que isso continue. Filmaço.


Ficha Técnica:
Título Original: The Cove
Título no Brasil: ???
Direção: Louie Psihoyos
Roteiro: Mark Monroe
Gênero: Documentário
Origem: EUA
Duração:  92min


Elenco:
Joe Chisholm ... Himself
Mandy-Rae Cruikshank ... Herself
Charles Hambleton ... Himself
Simon Hutchins ... Himself
Kirk Krack ... Himself
Isabel Lucas ... Herself
Richard O'Barry ... Himself
Hayden Panettiere ... Herself
Roger Payne ... Himself
John Potter ... Himself
Louie Psihoyos ... Himself
Dave Rastovich ... Himself

sábado, 20 de março de 2010

It Might Get Loud

Aumenta que isso aí é rock n' roll!!! O filme mostra o encontro de três gerações de guitarristas e tenta meio que traçar o caminho desde o reconhecimento do guitarrista até o seu apogeu e depois sua transformação em lenda. E os personagens que irão ilustrar esta tese são Jack White, o novo astro, The Edge, no ápice, e a lenda Jimmy Page.

Se você não é fã de guitarra e não faz idéia quem são nenhum dos nomes acima, esqueça pois este filme com certeza não é para você. Mas se por outro lado o assunto interessa, vale a pena gastar uns minutinhos nesse doc para ver os três apresentando diferentes visões de como tocar o mesmo instrumento e como suas influências o levaram a traçar caminhos tão distintos na hora de tocar a guitarra. E dá-lhe música boa no decorrer do filme.




Ficha Técnica:
Título Original: It Might Get Loud
Título no Brasil: ????
Direção: Davis Guggenheim
Gênero: Documentário
Origem: EUA
Duração: 98min

Elenco:
Jimmy Page
Jack White
The Edge

sábado, 13 de março de 2010

Simona, ninguém sabe o duro que dei

Só fui conhecer uma música do Simonal depois de burro velho, como diz minha vó. Já estava quase saindo da faculdade quando ouvi pela primeira vez "Nem vem que não tem", um clássico do Simona. 

Claro que já até conhecia de nome o cantor, mas suas músicas eram totalmente desconhecidas para mim. E depois de assistir este documentário, fico pensando como é possível? O Simona era um showman nato! E fazia um puuuuuta sucesso. Como então, nas décadas seguintes ele desapareceu? Jorge Ben e Roberto Carlos estão aí até hoje. Tim Maia, mesmo já falecido continua fazendo sucesso. E porque coube a ele este ostracismo tão intenso?

O filme tenta jogar uma luz nesta questão. Com um acervo rico de imagens de shows e programas de tv, além de depoimentos de familiares, artistas e pessoas envolvidas no showbiz, somos apresentados a uma história fantástica de como uma das maiores vozes do país foi calada e esquecida. É impossível não se apaixonar pelo vozeirão e pelo swing das músicas do Simonal. E o filme é muito feliz ao relembrar a trajetória dos programas de tv, como o Show em Si...monal e do show do Maracanazinho, entre outros grandes momentos. Inclusive o documentáro é muito esclarecedor ao abordar o episódio do DOPS, que acabou com a vida artística  do Simonal.

Realmente é uma pena este silêncio que foi imposto a uma voz tão ímpar na música brasileira.



Ficha Técnica:

Título Original: Simonal, ninguém sabe o duro que dei
Direção: Claudio Manoel, Calvito Leal e Micael Langer
Gênero: Documentário
Origem: Brasil
Duração: 86 min







domingo, 7 de março de 2010

It's Complicated (Simplesmente Complicado)


Depois de vinte anos de casada e dez anos de divórcio, Jane Adler (Meryl Streep) começa a ter um caso com seu ex-marido. Esta é a premissa do novo filme da Nancy Meyers (Alguém tem que ceder) que recebeu uma indicação a melhor filme no Globo de Ouro. A partir daí já dá pra imaginar que vai ter muuuita confusão na sessão da tarde, né meu povo?

Porém, por mais que seja divertido e conte ainda com uma excelente dupla, ou melhor, trio de protagonistas (Meryl Streep, Alec Baldwin e Steve Martin), Simplesmente Complicado é um filme totalmente mulherzinha. Pode fazer a apuração boca-de-urna, duvido que alguma mulher não irá gostar. Peraí, gostar? Duvido que alguma mulher não adore este filme. Porque ele é justamente sobre o universo feminino, questões de relacionamento, construção familiar, o encontro de um novo parceiro, etc e tal.  E não nem é que eu não tenha gostado. O riso vem fácil em vários momentos do filme, a atuação do trio é inquestionável e o filme é bem construído, mas a temática é meio nhé-nhé-nhé...aí não deu uma empolgaçãoooo, saca? Não sei se isso é uma questão de momento de vida - porque há aqueles filmes que dependendo da sua fase você ama ou odeia - ou se realmente é um daqueles filmes que os homens vão ao cinema apenas para ser companheiro, porque se deixasse na mão deles a escolha com certeza seria outra.

E só uma nota de referência, o John Krasinski deveria estrelar mais filmes de comédia. Nas poucas cenas em que aparece, rouba a cena. Ele tem "a" cara bonachona perfeita para isso. Será que ele vai vingar? Tomara.


Ficha Técnica:
Título Original: It's Complicated
Título no Brasil: Simplesmente Complicado
Direção: Nancy Meyer
Roteiro: Nancy Meyer
Gênero: Comédia, Romance
Origem: EUA
Duração: 120min


Elenco:
Meryl Streep ... Jane
Steve Martin ... Adam
Alec Baldwin ... Jake
John Krasinski ... Harley
Lake Bell ... Agness

quinta-feira, 4 de março de 2010

Salve Geral

Inspirado num fato real, Salve Geral relembra o dia em que os presos do Primeiro Comando ordenaram uma revolta generalizada, o tal salve geral, em SP após os principais homem do comando terem sido transferido para penitenciárias de segurança máxima.

Acompanhamos o drama de Lúcia, uma professora de piano, que tem sua vida indo de mal a pior, desde a morte do marido, e para completar seu filho se envolve numa confusão que resulta em morte e é sentenciado a oito anos de prisão. Com este ponto de partida, Salve Geral pinta um amplo quadro do sistema penitenciário, mostrando a corrupção policial, o assistencialismo da bandidagem e o sofrimento das famílias dos presos.

Lógico que nem tudo são flores. Os diálogos/encenações por vezes soam teatrais demais. Os atores que interpretam os bandidos não passam aquela credibilidade que salta da tela em Cidade de Deus, por exemplo. Tentam assustar, mas não é tão crível...E há as situações mal explicadas como o envolvimento de Lúcia com o Professor, o chefe da bandidagem, e o conflito entre a polícia e o sistema penitenciário. Nesse meio todo, quem brilha muito é a Denise Weinberg no personagem da Ruiva, que é responsável pela articulação do Primeiro Comando do lado de fora das celas.

No fim das contas, fica a impressão de que o filme poderia ter sido bem melhor, mas pelo menos não é uma bomba como Carandiru.

Ficha Técnica:
Título no Brasil: Salve Geral
Direção: Sérgio Rezende
Roteiro: Sérgrio Rezende & Patrícia Andrade
Gênero: Drama
Origem: Brasil
Duração: 119min


Elenco:
Andréa Beltrão ... Lúcia
Denise Weinberg ... Ruiva
Lee Thalor ... Rafa
Eucir de Souza ... Chico
Kiko Mascarenhas ... Delegado Raul


Alô, Alô, Terezinha


Quando se é criança, tudo é festa e você precisa ir aonde seus pais estão e assistir o que eles assistem na tv. No meu caso, lembro de muitos finais de semana em que ia para a casa de uma tia-avó juntamente com a minha vó. E lá a programação invariavelmente era preenchida pela dobradinha Cassino do Chacrinha (sábado) e Programa Silvio Santos (domingo).

Ainda não tinha uma percepção muito apurada do que era aquele programa cheio de buzinas, abacaxis, atrações musicais e mulheres rebolando. Eu era apenas uma criança nos idos dos anos 80, mas o programa era o must do sábado a tarde.

Peguei Alô, Alô, Terezinha numa vã tentativa de aprender um pouco mais daquela figura sempre extravagantemente vestida, mas sinceramente não aprendi quase nada sobre o velho guerreiro. O filme é um apanhado de entrevistas com diversos cantores famosos, celebridades, executivos e empregados de canais de tv, das chacretes e de alguns calouros. Porém nada parece unir esta coletânea que fim das contas parece tão somente...uma coletânea de pedaços de entrevista. Ficamos sem saber daonde Chacrinha veio e como conquistou seu espaço, como ele veio a falecer...Claro que um e outro depoimento são muito bons. O Byafra atingido por um para-quedas e o Agnaldo Timóteo metendo o pau no João Gilberto, são cenas incríveis. Mas nada que não pudesse ser visto num rápido videozinho do youtube.

Achei o resultado final muito fraco. O roteiro/edição também não contruibuiram muito pro bom andamento do filme, e aí não tem jeito: fom-foooom. E trás o abacaxi, também.


Ficha Técnica
Título no Brasil: Alô, Alô, Terezinha!
Direção: Nelson Hoineff
Gênero: Documentário
Origem: Brasil
Duração: 95 minutos