segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Harold and Maude (Ensina-me a viver)

Já faz tempo que conheço o filme de nome, mas nunca tinha deixado a curiosidade me levar até play. Até agora. Comecei a ler o livro de Peter Biskind, Como a Geração Sexo, Drogas e Rock´n´Roll salvou Hollywood, que relata muito da cena cinematográfica dos anos 70 em Hollywood, período de ascensão de cineastas hoje super-carimbados como Scorsese, De Palma, Spielberg, Coppola entre outros. O livro conta muito sobre o backstage dos estúdios, das decisões que levaram os filmes a serem produzidos, como nasceram os roteiros e, claro,  tem uma boa dose de fofoca também, mas o fato é que minha alma já cinematograficamente curiosidade ficou ainda mais tentada a finalmente ver (e rever) alguns clássicos e/ou cults dessa década por causa da leitura.

Hal Ashby, por exemplo, é um diretor cujo trabalho eu nunca havia assistido. Quer dizer, acho, pois não me lembro ao certo se vi ou não Amargo Regresso. E este Ensina-me a Viver é tido como um de seus melhores trabalhos. Lendo o livro as vezes fica mais fácil de entender o porque dos filmes terem feito sucesso (de crítica ou de público) a época do lançamento. Sem o background é um pouco difícil de engolir a história do garoto (?) Harold, por volta dos seus 18 anos, que se apaixona pela já idosa e tresloucada Maude. Vendo hoje parece apenas um filme que tentou ser transgressor à sua época, mas para os padrões de hoje não choca muito. Chega a ser meio bobo ver uma senhorinha fazendo graça aos policiais, furando pedágios na estrada e roubando o carro do padre. Bem como soa ridículo as tentativas fake de suicídio de Harold para implicar com sua mãe.

Indo um pouco além dessas bobagens, é perceptível a tentativa de chocar o público e principalmente a sociedade americana em meio a guerra do Vietnã e já pós-verão de 68. Com este pano de fundo em mente, dá até pra entender o sucesso (cult ou não) do filme. Embora não tenha achado grandes coisas no fim das contas.

Ps-pós-post - Acabei de saber, via google, que está em cartaz desde começo de janeiro uma peça de teatro baseada neste texto com Glória Menezes no papel de Maude. Que coisa, hein?


Ficha Técnica:
Título Original: Harold and Maude
Título no Brasil: Ensina-me a viver
Direção: Hal Ashby
Roteiro: Collin  Higgins
Gênero: Drama, comédia
Origem: EUA
Duração: 91min

Elenco:
Ruth Gordon ... Maude
Bud Cort ... Harold
Vivian Pickles ...  Mrs. Chasen
Cyril Cusack ... Glaucus
Charles Tyner ... Uncle Victor

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

True Grit (Bravura Indômita)

Faroeste não é um nem nunca foi um dos meus gêneros prediletos, e por isso tenho pouco hábito de assistí-los. Bravura Indômita é um filme que sempre tive curiosidade de ver, muito mais pelo título do que por qualquer outra coisa. Afinal é um dos títulos mais pomposos que já ouvi falar. Bravura indômita, sem tamanho, arrogante...devia ser filme do Chuck Norris de tão imponente que é o título. Daqueles que você fala quase pedindo "a bença, senhor" por ter falado o nome. Além disso era um filme com John Wayne, tido como o astro-mor dos faroestes, e apesar de sempre ter tido a curiosidade, acabava nunca vendo, porque era faroeste e porque já tem tanto filme que ainda quero assistir, que acabava deixando John Wayne de lado. E nada disso mudou não. Na-na-ni-na-não,  só vim a assistir a Bravura Indômita porque se trata de um remake assinado pelos irmãos Cohen e que ainda por cima foi indicado para melhor filme (e outras nove categorias) no Oscar 2011. Aí o apelo ficou irresistível.

Como todo bom faroeste, a lei não é exatamente um princípio muito rígido, nem bem defendido. Então, quando o pai da adolescente Mattie Ross é morto, ela se vê compelida a buscar justiça por meios alternativos. E assim contrata o pistoleiro/policial aposentado/fracassado Rooster Cogburn (Jeff Bridges, no papel que era originalmente de John Wayne) para trazer ainda vivo Tom Chaney (Josh Brolin), o assassino de seu pai que fugiu para as terras indígenas e se juntou ao quadrilha do bandido Lucky Ned (Barry Pepper). E pronto. Está aberto a temporada de caça. Este é um dos lados que gosto do faroeste. É bem direto. Não tem enrolação. Desde o início do filme você já sabe que vai terminar em um duelo onde alguém vai morrer. É bem maniqueísta. O mocinho vai matar o bandido no final. É sempre assim, certo? Bom acho que era até Imperdoáveis do Clint...mas isso é assunto pra outro post. 

Como não vi o Bravura original, não sei exatamente o que há de novo e o que é como era, mas de qualquer forma o roteiro é muito bom. E os atores estão ótimos, tanto que estão indicados ao Oscar. O Jeff Bridges merecia inclusive, mas acho difícil pois  já levou ano passado. A estreante Haille Steinfeld rouba o filme interpretando a adolescente manipuladora que consegue dobrar todos os adultos que encontra pela frente, mesmo sendo a protagonista do filme, acabou recebendo a indicação como atriz coadjuvante, onde tem  bem mais chances do que se fosse indicada a categoria de melhor atriz. É um filmaço com toda cara de Oscar.



Ficha Técnica:
Título Original: True Grit
Título no Brasil: Bravura Indômita
Direção: Ethan e Joel Cohen
Roteiro: Ethan e Joel Cohen
Gênero: Faroeste, drama
Origem: EUA
Duração: 110 min

Elenco:
Jeff Bridges ... Rooster Cogburn
Hailee Steinfeld ... Mattie Ross
Matt Damon ... LaBoeuf
Josh Brolin ... Tom Chaney
Barry Pepper ... Lucky Ned Pepper

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

The Kids Are All Right (Minhas Mães e Meu Pai)

Lá no fundo da minha consciência, algo sempre me lembra para não me deixar cair em tentação, ops, não assistir a um filme apenas por conta do seu casting. Foi uma lição que aprendi há mais de dez anos quando lançaram Além da Linha Vermelha, que tinha um elenco sensacional e tava rolando todo um oba-oba em cima da volta do diretor, que era recluso etecetera e tal. Mas o filme sinceramente deixava a desejar. Pois bem, com isto em mente eu confesso que ignorei por um bom tempo este Minhas Mães e Meu Pai, apesar de simpatizar muito com o elenco (principalmente pela Juliane Moore e o Mark Ruffalo). Acho que provavelmente nem iria assistí-lo se ele não houvesse sido indicado ao melhor filme pro Oscar de 2011. 


Desde a edição passada, num esforço de aumentar a popularidade e quantidade de espectadores da premiação, a Academia resolveu mudar um pouco as regras e a mais clara dela foi a de incluir dez candidatos ao prêmio principal. O problema é ter dez filmes realmente bons o suficiente para merecer a indicação. Claramente este Minhas Mães... não faz parte deste panteão. (Acho que é primeira vez na vida que uso essa palavra - panteão. ok fecha parêntesis). O drama conta a história de um casal lésbico que possui um casal de filhos, frutos de inseminação artificial de um mesmo doador. Em meados da adolescência, os filhos ficam curiosos e resolvem buscar o pai biológico. E a partir daí está aberto a temporada de conflitos e problemas familiares. O argumento é ótimo e com certeza dá caldo para muito drama. Os bons atores também colaboram (em tese) para o filme, o porém é que o roteiro não é aquela brastemp. Fiquei decepcionado com o final por exemplo do personagem do Mark Ruffalo, que é abandonado na parte final do filme. E aí, o que acontece? Precisava dele para mostrar os conflitos familiares mesmo? Ou é um problema de roteiro? Será que não colocaram personagens demais com problemas demais para resolver em menos de duas horas? Não é nem que o filme seja ruim, talvez eu estivesse esperando demais dele e dificilmente a expectativa acompanha a realidade quando se trata de Hollywood.




Ficha Técnica:
Título Original: The Kids Are All Right
Título no Brasil: Minhas Mães e Meus Pais
Direção: Lisa Cholodenko
Roteiro: Lisa Cholodenko
Gênero: Drama
Origem: EUA
Duração: 106 min

Elenco:
Annette Bening ... Nic
Julianne Moore ... Jules
Mark Ruffalo ... Paul
Mia Wasikowska ... Joni
Josh Hutcherson ... Laser

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Shaun of the Dead (Todo mundo quase morto)

O humor britânico, quando acerta a medida, rende filmes fantásticos como os da série Monty Python e Quatro Casamentos e um Funeral. Seguindo a mini-temporada de filmes de zumbi que rolou aqui em casa, achei este Todo Mundo Quase Morto que estava bem cotado no Imdb (nota 8.0) e tem a feliz coincidência de ser dirigido pelo mesmo cara que fez o recente Scott Pilgrim Contra o Mundo. Então apertei o play e fui conferir.

É uma comédia maneiríssima que parte da mesma premissa que todos os filmes recentes que vi de zumbi, a partir de uma epidemia sem explicação as pessoas começam a se tornar canibais acéfalos de membros da mesma espécie. Só que a grande sacada deste filme é por protagonistas que nem de longe poderiam assumir a posição de salvadores de si próprios, que dirá da humanidade. O riso rola solto em diversas cenas que são bem construídas. Vale a pena.



Ficha Técnica:
Título Original: Shaun of the Dead
Título no Brasil: Todo mundo quase morto
Direção: Edgar Wright
Roteiro: Simon Pegg, Edgar Wright
Gênero: Comedia, terror
Origem: UK, França, EUA
Duração: 99 min

Elenco:
Simon Pegg ... Shaun
Kate Ashfield ... Liz
Nick Frost ... Ed
Lucy Davis ... Dianne
Dylan Moran ... David

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mr Nobody


A partir de uma escolha tudo pode mudar? Aparentemente sim, ao menos na vida de Nemo Nobody (ou seria Daniel Jones?). Ele é um ninguém, mas de certa forma um alguém muito especial, pois no futuro aonde toda a humanidade é highlander, Nobody é o último dos mortais prestes a completar 118 anos. É possível e provável que em breve, ele tenha uma morte natural, e o mundo fica na expectativa deste acontecimento. Principalmente porque o passado dele é um mistério. Ele não se lembra ao certo de como foi sua vida, com quem casou, quem são seus filhos, se ele tomou partido da mãe ou do pai após o divórcio deles...E ao tentar contar sua história mistura uma série de possibilidades de vida que podem ou não ter ocorrido a partir daquela primeira escolha, aonde tudo mudou. Mas será mesmo que tudo se resume aquela primeira escolha? Ou a cada momento, temos que fazer uma escolha e isso acaba influenciando diretamente nosso futuro?

O filme debate livremente a influencia da teoria do caos na vida cotidiana e salpica ainda diversos conceitos filosóficos no meio da trama, que não se fecha, justamente por não querer se fechar. Não é um filme explicativo. É aberto e bem confuso. No fim das contas, fica a cargo de quem assiste dizer qual foi a verdadeira vida de Nobody, se é que isso ainda importa. Afinal ele é um ninguém.

Nunca havia ouvido falar sobre esse diretor, que é belga, mas gostei desse trabalho dele. A fotografia é linda, e o visual do filme é bem legal. Mas a história é bem confusa.

Ficha Técnica:
Título Original: Mr. Nobody
Título no Brasil: ???
Direção: Jaco Van Dormael
Roteiro: Jaco Van Dormael
Gênero: drama, ficção, fantasia
Origem: Canadá, Bélgica, França, Alemanha
Duração: 141 min

Elenco:
Jared Leto ... Nemo Nobody adult / Nemo Nobody aged 118
Sarah Polley ... Elise
Diane Kruger ... Anna / Anna #2
Linh Dan Pham ... Jean (as Linh-Dan Pham)
Rhys Ifans ... Nemo's Father
Natasha Little ... Nemo's Mother

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

127 Hours (127 Horas)


Ainda seguindo o rastro Danny Boyle fui conferir 127 Horas, a história de Aron Ralston, um alpinista/aventureiro que fica preso dentro de um cânion durante as tais 127 horas do título. Apesar do risco de se fazer um filme aonde o protagonista passa (quase) o tempo todo da projeção preso e sem ninguém contracenando com ele, o resultado é muito bom. Principalmente por conta do James Franco que está ótimo no papel e consegue – olha o trocadilho infame – tirar leite de pedra atuando sozinho na maiorias das cenas. Boyle também mais uma vez faz um bom trabalho na direção dando ritmo a um filme cuja ação é toda dentro de uma mesma locação.

Eu achava que o filme demoraria um pouco para chegar a parte onde ele fica preso no cânion, mas que nada. E aí começa uma angustiante corrida contra o tempo, pela própria sobrevivência com pouca água, pouca comida e sem a menor esperança de resgate, pois ele não avisou a ninguém onde estava indo. É tenso. Principalmente na cena onde ele abdica do braço...não é pra estomagos fracos.


Ficha Técnica:
Título Original: 127 Hours
Título no Brasil: 127 Horas
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Danny Boyle, Simon Beaufoy
Gênero: drama, ação, thriller
Origem: EUA, UK
Duração: 94min

Elenco:
James Franco ... Aron Ralston
Kate Mara ... Kristi
Amber Tamblyn ... Megan

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

28 Days Later (Extermínio)


Recentemente escrevi um post falando sobre os zumbis e a safra de filmes desse gênero. Isso despertou meu interesse para ver mais longas com estes mortos-vivos e assim acabei “descobrindo” dois filmes que ainda não havia visto: Todo Mundo Quase Morto (já já escrevo sobre ele) e Extermínio, que é dirigido pelo Danny Boyle que tem um histórico de bons filmes no currículo como Cova Rasa, Trainspotting e Quem quer Ser um Milionário?

A história começa com um grupo de ativistas invadindo um laboratório e liberando uns macacos que estavam infectados. Corta. 28 dias depois (o título em inglês), Jim acorda sozinho no hospital e não há nenhum médico nem enfermeira ao seu redor. Saindo do edifício se depara com as ruas de Londres vazias cheias de carros abandonados e não demora muito para cruzar com alguns humanos infectados pelo vírus que os transformou em zumbis. Acaba sendo salvo por Selena e Mark, que sobrevivem como podem em meio ao caos que tomou conta da Inglaterra.  Daí pra frente o roteiro não tem muitas surpresas, mas a direção é competente e segura a atenção durante todo o longa. A edição é nervosa então ficamos preso a história, por mais que haja muita previsibilidade na trama. Ah se tivessem chamado o Danny Boyle pra fazer o Resident Evil...


Ficha Técnica:
Título Original: 28 Days Later
Título no Brasil: Extermínio
Direção: Danny Boyle
Roteiro: Alex Garland
Gênero: terror
Origem: UK
Duração: 113 min


Elenco:
Cillian Murphy ... Jim
Toby Sedgwick ... Infected Priest
Naomie Harris ... Selena
Noah Huntley ... Mark

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

The Fighter (O Vencedor)

Seguindo o calendário hollywoodiano, os primeiros meses do ano são dedicados a temporada das premiações: Globo de Ouro, Oscar, SAG, WGA e por aí vai. Como já gosto do assunto, acabo ficando bem antenado para saber quem serão os indicados e os vencedores, e em geral acabo assistindo boa parte dos títulos em evidência. Pois bem, um filme que chamou minha atenção no último Globo de Ouro foi este The Fighter, que conta a história dos irmãos boxeadores Micky Ward (Mark Whalberg) e Dick Ecklund (Christian Bale).  Aliás, boxe é um tema que já rendeu alguns bons filmes como Menina de Ouro, Touro Indomável, Rocky e este novo, O Vencedor

É um filme que foi dirigido pelo David O Russel, que há alguns anos fez um outro longa que gosto bastante chamado Três Reis sobre a guerra do Kuwait, também com Mark Whalberg. Aliás, o cara escala o Whalberg em vários de seus filmes. O título em portugues acaba entregando mais do que deveria, mas as atuações estão muito boas, não tanto pelo Whalberg que interpreta o protagonista da história, mas os dois coadjuvantes dão show. Inclusive o filme levou dois merecidos prêmios pelas atuações de Bale e de Melissa Leo, que interpreta a mãe dos lutadores. Apenas por essa dupla, o filme já merecia ser visto, mas a história baseada em fatos reais é bem interessante e gera um bom drama, sobre a vida de uma numerosa família interiorana que se pendura numa possível carreira no boxe de um de seus integrantes.




Ficha Técnica:
Título Original: The Fighter
Título no Brasil: O Vencedor
Direção: David O Russel
Roteiro: Scott Silver, Paul Tamasy
Gênero: drama,
Origem: EUA
Duração: 115 min

Elenco:
Mark Wahlberg ... Micky Ward
Christian Bale ... Dickie Eklund
Amy Adams ... Charlene Fleming
Melissa Leo ... Alice Ward
Mickey O'Keefe ... Himself

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Bloodsport (O Grande Dragão Branco)


Recentemente reclamei aqui sobre as traduções dos títulos de filmes, mas no caso deste filme preciso confessar que o título brasileiro é muito mais legal que o original, mesmo chamar o baixinho Van Damme de grande seja um contrasenso. Eu sinceramente já perdi a conta de quantas vezes vi e revi este filme. A história é praticamente um roteiro de game no estilo Street Fighter, muito possivelmente o filme tenha até influenciado o roteiro de uma dúzias de jogos de arcade diferentes. Aliás fuçando na web li que o Van Damme (e seus diversos personagens iguais em filmes diferentes) inspiraram a criação do Jonny Cage, lutador do Mortal Kombat.

Para mim, O Grande Dragão Branco é um destes clássicos que a gente não cansa de assistir. A história é sobre o lutador americano Frank Dux que vai representar o prestigioso clã Tanaka no campeonato de Full Contact mais barra pesada do mundo. Bem didaticamente, a estória conta como Dux foi treinado por Tanaka, aprendendo inclusive a lutar de olhos fechados. É sério! E óbvio que isso acabaria sendo necessário na luta final do campeonato. O roteiro é fraquinho, as atuações idem, mas e daí? É um clássico vandâmico! Vou continuar revendo ainda muito mais vezes.



Ficha Técnica:
Título Original: Bloodsport
Título no Brasil: O Grande Dragão Branco
Direção: Newt Arnold
Roteiro: Christopher Cosby, Mel Friedman
Gênero: aventura, acção
Origem: EUA
Duração: 92 min


Elenco:
Jean-Claude Van Damme ... Frank Dux
Donald Gibb ... Ray Jackson
Leah Ayres ... Janice Kent
Norman Burton ... Helmer
Forest Whitaker ... Rawlins

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Dawn of the dead (Madrugada dos Mortos)

Zack Snyder é um diretor que prima pela estética. Ponto. Ele claramente é egresso da propaganda. Seus filmes tem aquela beleza visual tipo MTV que cansa antes do fim da música. E assim caminham seus filmes. A única exceção talvez seja Watchmen, mas este é tinha uma puta HQ, com um puta roteiro anterior já consagrado. Nos demais, ele deixa a desejar. A não ser que a estética baste pra você.

Madrugada dos Mortos é um remake de um filme da década de 70 sobre um mundo tomado pela epidemia de zumbis. Pois é, como comentei alguns posts atrás, zumbis estão na moda. O argumento é bem interessante. O que um grupo de humanos sobreviventes pode fazer frente a epidemia e como as relações humanas se deterioram ou como se adaptam frente a este inimigo acéfalo. Talvez o filme original seja até mais interessante. Como não vi, não posso afirmar. Já o remake perde boas chances de se fazer um filmão. No máximo é um filme legalzinho. E falar legal no diminutivo é porque o filme não tão legal assim, né? Enfim, foi a impressão que tive. Muita estética, as vezes não resolve nada.


Ficha Técnica:
Título Original: Dawn of the dead
Título no Brasil: Madrugada dos Mortos
Direção: Zack Snyder
Roteiro: George A Romero (roteiro original), James Gunn
Gênero: terror
Origem: EUA
Duração: 101min

Elenco:
Sarah Polley ... Ana
Ving Rhames ... Kenneth
Jake Weber ... Michael
Mekhi Phifer ... Andre
Ty Burrell ... Steve

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Exit through the gift shop

Este documentário me remeteu imediatamente a Na Captura dos Friedmans, que assisti a muito tempo atrás no cinema do Paço Imperial. Os personagens de ambos dos documentários provavelmente nunca devem ter se encontrado na vida, ainda assim partilham um hábito que acho um pouco excêntrico demais: eles gravam boa parte de suas vidas em vídeo. E não estamos falando de filmar o aniversário do filho caçula ou uma festa de bodas de prata, e sim do dia-a-dia incluindo até as brigas de família (no caso dos Friedmans).

Exit through...é um filme que quase não existiu. A história toda começa com Thierry Guetta, um francês radicado em LA, que assim como os Friedman, tinha um hábito de filmar tudo ao seu redor. Embora nunca se ligasse em assistir ao que havia filmado. Simplesmente ligava a camera e gravava. Um dia de férias na França, reencontra um primo que está envolvido com a street art. Seu codinome é Invader, pois ele cismou de colocar aqueles bonequinhos do Space Invaders em diversos locais públicos de Paris. De posse da câmera, ele resolve seguir Invader nas noites durante as instalações da street art. De volta aos EUA, ele resolve então registrar o movimento da street art que estava começando a despontar em LA. Com a desculpa de que estava criando um documentário sobre o movimento, ele registra diversas cenas e artistas em LA e começa a entender melhor o movimento de arte que está começando. E isso o leva a procurar pelo maior nome da street art que estava despontando no cenário mundial naquela época (e talvez o maior nome até hoje), o inglês Banksy. Por conta da sua intensa dedicação as filmagens em LA, curiosamente ele acaba atraindo a atenção do Bansky que planejava fazer uma intervenção por lá. E assim os dois acabam ficando amigos e Banksy libera Guetta para documentar o seu processo de trabalho. O curioso é que no fim das contas o documentário que surge não é sobre Banksy, mas sim sobre o próprio Thierry Guetta, que viria a se tornar Mr Brainwash, um novo artista expoente no mercado da street art. E mais, o documentário acabaria sendo dirigido pelo próprio Bansky. Pra quem tem algum amor pela arte contemporânea, pop art e street art, o filme é obrigatório. E pros que não são, fica a dica de um documentário interessantíssimo sobre um vir-a-ser que ao mesmo tempo consegue criar um rico painel do cenário atual da street art. Fica a dica.


Ficha Técnica:
Título Original: Exit through the gift shop
Título no Brasil: ???
Direção: Banksy
Gênero: documentário
Origem: Uk
Duração: 87min

Elenco:
Wendy Asher ... Herself
Banksy ... Himself
Shepard Fairey ... Himself
Thierry Guetta ... Himself
Rhys Ifans ... Narrator
Space Invader ... Himself
Jay Leno ... Himself

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Wall Street: Money Never Sleeps (Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme)

Ainda no final da década de 80, quando frequentava a locadora na Taquara (preciso lembrar o nome dela qualquer dia...), chegava na seção de lançamentos o mais novo título de Oliver Stone, Wall Street - Poder e Cobiça, que era um filme sobre capitalismo e suas filha-da-p***ces a reboque. Com Michael Douglas no papel principal, encarnando um financista que gostava de brincar com os altos e desces da bolsa, contando que no fim isso significasse dinheiro no bolso dele. 

Pois bem, eis que vinte e três anos depois, mr Stone resolve voltar ao tema e dar uma continuação a sua crítica ao sistema financeiro do capitalismo atual. Agora focado na crise de 2008 que bateu forte no mercado norte-americano causando a quebra de diversos bancos. Michael Douglas volta ao papel de Gordon Gekko que ficou preso durante oito anos devido as especulações que fez o mercado financeiro. Seu novo "aprendiz" será Jake Moore (Shia Lebouf) que está noivo da filha de Gekko, que não fala com o pai há anos. 

Oliver Stone é conhecido por uma filmografia baseada em fatos reais, ainda que muito de seus filmes contemplem uma grande dose de tese pessoal sobre como ou porque do ocorrido (como em JFK, por exemplo). Em Wall Street - O dinheiro Nunca dorme, a história oscila entre uma trama ficcional e um paralelo da crise de 2008 dando a entender como pode ela pode ter sido originado. Impliquei um pouco com o casting do Shia Lebouf para um papel de quase 30. Ele tem um rosto muito jovem para isso e acaba depondo contra o seu personagem. Tirando isso, ele atua bem e o Stone é bom diretor quando quer - e felizmente neste filme ele quis, então a trama flui numa boa e acaba sendo um filme interessante de assistir. Ver o filme anterior não chega a ser um pré-requisito, quem não assistiu acaba perdendo a piadinha interna da cena com o personagem do Charlie Sheen, que era o "aprendiz" do filme original, reencontrando o Michael Douglas numa festa.


Ficha Técnica:
Título Original: Wall Street: Money Never Sleeps
Título no Brasil: Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme
Direção: Oliver Stone
Roteiro: Allan Loeb, Stephen Schiff
Gênero: drama
Origem: EUA
Duração: 133min


Elenco:
Michael Douglas ...Gordon Gekko
Shia LaBeouf ... Jake Moore
Josh Brolin ... Bretton James
Carey Mulligan ... Winnie Gekko

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Olhos Azuis


Ainda acho muito esquisito ver um filme nacional sendo falado em inglês, mas com a trama de Olhos Azuis não havia outra forma mesmo. Aqui vemos a história de Marshal, um agente de imigração cujo passatempo é implicar com os estrangeiros que tentam entrar nos EUA. Abusando do poder de seu cargo e das doses de Jack Daniels, a história de Marshal é entrecortada entre o presente no Recife onde busca uma menina de 11 anos e seu passado no controle de imigração.  O roteiro até que é bacaninha, indo e vindo, sempre trazendo novas infos, mas quando se aproxima do fim e fica mais claro o porque do agente Marshall ter vindo ao Brasil é que o roteiro acaba enfraquecendo. No fim das contas, parecia que o fillme poderia ter sido melhor do que é. Talvez porque seja difícil simpatizar com o gringo tão anti-cucarachas. Sei lá...acho que no fim das contas não gostei muito.






Ficha Técnica:
Título Original: Olhos Azuis
Título no Brasil: Olhos Azuis
Direção: José Joffily
Roteiro: Melanie Dimantas, Paulo Halm
Gênero: drama
Origem: Brasil
Duração: 111min


Elenco:
David Rasche ... Marshall
Frank Grillo ... Bob Estevez
Erica Gimpel ... Sandra

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Personal Effects (Por Amor)


Sério, quem são essas pessoas que dão títulos em português aos filmes estrangeiros? Qual será o pré-requisito para renomear obras originais com títulos que remetam a significados que não tem nada a ver? A primeirão impressão que se tem de Por Amor, é que seria uma comédia romântica, afinal com um título destes de novela do Manoel Carlos, só poderia ser isso, certo? Pois é, mas a lógica de quem  batiza os filmes não funciona assim.  

O drama conta a história de Linda e Walter que acabam se conhecendo nos corredores do tribunal de justiça enquanto correm os dias dos julgamentos a que cada um deles espera o veredicto. Ambos perderam entes queridos. Ele perdeu a irmã e ela perdeu o marido. Anseiam por justiça, por preencher o vazio que ficou em seus corações e por recuperar o rumo de suas vidas que está turva desde o falecimento dos familiares.  A direção é do estreante David Hollander que faz um trabalho sem grandes highlights. Usa uma fotografia bem azulada para pontuar a tristeza dos personagens e constantemente desfoca os elementos em cena para realçar a sensação de estar perdido no mundo de seus personagens. Ele até que se esforçou mas o filme é bem mediano. O careteiro Ashton Kutcher fazendo par com Michelle Pfeiffer fica um tanto descompassado. Assista por sua própria conta e risco.


Ficha Técnica:
Título Original: Personal Effects
Título no Brasil: Por Amor
Direção: David Hollander
Roteiro: David Hollander
Gênero: drama
Origem: EUA
Duração: 110min

Elenco:
Michelle Pfeiffer ... Linda
Ashton Kutcher ... Walter
Kathy Bates ... Gloria
Spencer Hudson ... Clay

Fish Tank (Aquário)


As vezes nós escolhemos os filmes que vamos ver e as vezes eles nos escolhem. E algumas vezes, outros escolhem os filmes pela gente. Fish Tank se enquadra nessa última categoria. Provavelmente nem tomaria conhecimento deste filme se minha mulher não tivesse escolhido ele para assistirmos, mas ainda bem que ela indicou J

O filme é drama triste sobre Mia, uma adolescente sem perspectiva de futuro, sem amigos e com uma família pobre e disfuncional. A mãe solteira não dá a menor atenção as filhas e está mais preocupada em arranjar um namorado e ficar bêbada, a irmã mais nova é uma peste desbocada e o pai não sabemos nem o que foi feito dele. O único refúgio de Mia é a dança hip-hop, embora ela claramente não leve jeito para isso. A chegada um novo namorado da sua mãe na casa vai mudar um pouco o rumo das coisas. Não necessariamente para melhor, afinal é um drama, não uma comédia juvenil. Mia é uma fu***a mesmo e por tudo tudo que vemos do seu pequeno mundinho, não parece haver saída no curto prazo e talvez nem mesmo a longo prazo, porém o final indica que pode haver alguma esperança. Mas se realmente houver, certamente não será junto de sua pequena família capenga. E isso é que mais incomoda no filme, observar que Mia provavelmente não tem grandes chances futuras por conta do seu meio, das suas raízes. As poucas oportunidades que surgem na sua vida são obtusas e difíceis de avaliar se valem a pena ou não. Mas o que fazer? Resignar? Rebelar? Fugir? Nenhuma das opções é fácil, ainda mais para uma adolescente desamparada. Filmaço.


Ficha Técnica:
Título Original: Fish Tank
Título no Brasil: Aquário
Direção: Andrea Arnold
Roteiro: Andrea Arnold
Gênero: drama
Origem: Inglaterra
Duração: 123min


Elenco:
Katie Jarvis ... Mia Williams
Rebecca Griffiths ... Tyler Williams
Carrie-Ann Savill ... Tyler's Friend
Toyin Ogidi ... Tyler's Friend

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A Deriva

Eu pensei que havia desistido de assitir À Deriva, pois já estava com o filme na mão há um ano e ainda não tinha dedicado tempo a ele, mas felizmente corrigi este erro. Sim, porque acabei de constatar que o Heitor Dhalia é um nome para se ter muita atenção. Revelado em Nina, ele talvez seja um dos melhores diretores de cinema do Brasil atualmente. Não é pra qualquer um emendar três filmes bons na sequência, ainda mais se tratando do pobre (economicamente falando) cinema brasileiro. Preste atenção no nome de Dhalia! Tá virando sinônimo de qualidade.

À Deriva é um filme ambientado na década de 80 numa Búzios muito mais reservada que nos dias atuais. É lá que a jovem adolescente Felipa está descobrindo sua sexualidade ao passo que assiste o casamento dos pais desmoronar na sua frente.

Excelente drama com ótimos ingredientes: um roteiro é muito bom que dá espaço aos diversos lados da questão casamento x infidelidade x filhos, diálogos são excelentes, bom casting (adolescentes com cara de adolescentes) e fotografia belíssima que pontua os momentos/situações da estória. Destaque ainda pra Débora Bloch no papel a esposa cansada do casamento.




Ficha Técnica:
Título Original: À Deriva
Título no Brasil: À Deriva
Direção: Heitor Dhalia
Roteiro: Heitor Dhalia
Gênero: drama
Origem: Brasil
Duração: 97min

Elenco:
Vincent Cassel ... Mathias
Camilla Belle ... Ângela
Cauã Reymond ... Barman
Débora Bloch ... Clarice
Laura Neiva ... Filipa
Gregório Duvivier ... Lucas

Fido (Fido - O Mascote)

O recente sucesso de Walking Dead não me deixa mentir: os zumbis estão na moda. Meio que na encolha diversos filmes de gênero foram feitos nessa década. Desde o remake de Madrugada dos Mortos até o recente quase-cult Zombieland. Por acidente acabei descobrindo esse Fido - O Mascote,cujo subtítulo em português entrega um pouco da trama. Sim, depois de anos como bichos aterradores os zumbis agora viraram animais de estimação. Ou pelo menos foi a forma como Andrew Currie resolveu criar sua comédia.

Ambientado num clima anos 50, o mundo após sofrer uma epidemia de zumbis conseguiu encontrar um meio de domesticar os monstros com o uso de uma coleira, tal qual um cachorrinho. E assim os zumbis deixaram de comer pessoas e passaram a ajudá-las nas tarefas domésticas, ainda que quebrem muita louça. Óbvio que esse lance da coleira não é 100% seguro e justamente daí é que irá surgir o enredo do filme. A família Robinson após muita relutância de seu patriarca decide adotar um zumbi que se torna a companhia pra toda hora do filho do casal. Brincando com seu novo "amigo", o jovem Robinson acidentalmente quebra a coleira e aí já viu a confusão armada.

O filme é bobinho e sem grandes momentos. E ainda por cima é um pouco difícil aceitar o fato dos zumbis serem domesticados. Veja por conta e risco.





Ficha Técnica:
Título Original: Fido
Título no Brasil: Fido - O Mascote
Direção: Andrew Currie
Roteiro: Robert Chomiak, Andrew Currie
Gênero: Comédia
Origem: Canadá
Duração: 93min


Elenco:
Carrie-Anne Moss ... Helen Robinson
Billy Connolly ... Fido
Dylan Baker ... Bill Robinson

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Escape from Alcatraz (Fuga de Alcatraz)

Eu tinha certeza que já havia visto este filme com o Clint antes, na época que eu era rato das locadoras na Taquara, mas confesso que não lembrava de quase nada da história e nem do filme. A não ser o final-título. Então meio que despretensiosamente zapeando a tv no domingo a noite me deparo com o Clint na prisão e resolvo deixar por ali mesmo para lembrar o que acontece.

Engraçado ver como o cinema da década de 70 é característico. A moral dos personagens, os diálogos, o figurino, os tipos de corte e edição com fade in e fade out o tempo todo. Muito coisa já mudou na gramática do cinema desde então. Mas mesmo assim é legal curtir os detalhes que deixam o filme datado, não que isso seja ruim. É apenas um cinema antigo e que já mudou. Outra coisa que me chamou muita atenção é o quanto este filme serviu de inspiração a outro filmaço de prisão que adoro, Um Sonho de liberdade. Algumas passagens do Clint bolando o plano para fugir dali foram super homenageadas no longa com o Tim Robbins lançado anos depois.

Quando assisti pela primeira vez, devo ter gostado bem mais de Fuga de Alcatraz. Digo devo, porque não lembro direito. Mas o filme não chega a decepcionar, embora tampouco prenda muito a atenção. Vale pela nostalgia do cinema nos idos de 70.




Ficha Técnica:
Título Original: Escape From Alcatraz
Título no Brasil: Fuga de Alcatraz
Direção: Don Siegel
Roteiro: Richard Tuggle
Gênero: ação, drama
Origem: EUA
Duração: 90min

Elenco:
Clint Eastwood ... Frank Morris
Patrick McGoohan ... Warden
Roberts Blossom ... Doc
Jack Thibeau ... Clarence Anglin

The Rebound (Novidades no Amor)

Quando vi esse poster uns meses atrás nem me animei em saber do que se tratava. Era meio que óbvio né? Mas como diria Joseph Klimber, a vida é mesmo uma caixinha de surpresas, e estava eu assistindo tv quando fui fisgado por esse filme que tinha acabado de começar no Telecine.

Sandy (Catherine Zeta-Jones), a quarentona recém-divorciada e com dois filhos para criar, conhece Aram (Justin Bartha) na hora que esta alugando seu novo apartamento e por uma destas obras do script o rapaz que está numa fase de indecisão sobre o que fazer coma vida aceita trabalhar como babá de seus filhos. E a partir daí todos já sabemos o que vai acontecer. Os filhos vão gostar dele e vice-versa, eles vão começar um caso, o ex-marido vai reaparecer e por aí vai.

Não é nenhum filmão, mas também não tem contra indicações e dá pra se distrair com ele. Boa pipoca.

Ficha Técnica:
Título Original: The Rebound
Título no Brasil: Novidades no Amor
Direção: Bart Freundlich
Roteiro: Bart Freundlich
Gênero: Comédia romântica
Origem: EUA
Duração: 95min

Elenco:
Catherine Zeta-Jones ... Sandy
 Justin Bartha ... Aram Finklestein

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Unstoppable (Incontrolável)

Tony Scott deve ter desenvolvido alguma fixação por trens ou então ficou muito decepcionado com seu longa anterior (O sequestro do metrô 123) que foi muito fraquinho mesmo. Retornando ao gênero ação no trem com o excelente Denzel Washington, que também estava no filme anterior do Sequestro..., para contar uma quase tragédia que ocorreu no estado da Pensilvânia quando um trem cheio de carga perigosa percorre os trilhos sem ninguem a bordo para freá-lo.

Realmente lendo desta forma é até difícil acreditar que isso possa virar um bom filme de ação, mesmo porque um trem fujão é uma realidade meio distante aqui nesse Brasil dominado pelo serviços rodoviários, mas o fato é que o Tony Scott tem uma carreira de bons filmes de ação como Chamas da Vingança, Inimigo do Estado e, porque não, Top Gun. E consegue transformar essa história num filme tenso, onde por quase uma hora e meia vemos aquela jamanta descontrolada rumar a em direção ao desastre. Apesar de não ser memorável, é bem feito e entretem. Pros amantes de filme de ação, fica a dica.




Ficha Técnica:
Título Original: Unstoppable
Título no Brasil: Incontrolável
Direção: Tony Scott
Roteiro: Mark Bomback
Gênero: Ação, thriller
Origem: EUA
Duração: 98min


Elenco:
Denzel Washington ... Frank
Chris Pine ... Will
Rosario Dawson ... Connie
Ethan Suplee ... Dewey
Kevin Dunn ... Galvin

Superbad (Superbad - É hoje)

Ainda na onda de revival das produções do Judd Apatow, fui reconferir Superbad, que daria um excelente filme sessão da tarde para garotada de hoje. Apesar do storyline ser manjado, estudantes que querem perder a virgindade antes do término da escola, o roteiro é bacana, e os diversos personagens secundários acrescentam a comicidade ideal ao longa.

Assim como em outros filmes do Apatow, aqui também há uma quebra da expectativa em relação aos personagens masculinos. Evan (Michael Cera) não quer somente transar, ele quer um relacionamento que signifique alguma coisa a mais na sua adolescência. E ao longo do filme consegue transmitir também este recado ao seu companheiro de jornada, ainda que ele seja um pouco resistente a esta mentalidade.

É uma boa comédia adolescente que vai muito além dos American Pie da vida, dando menos importância ao humor escatológico e pornográfico e mais atenção a construção dos personagens e de situações engraçadas. Um bom sessão da tarde dos anos 00.




Ficha Técnica:
Título Original: Superbad
Título no Brasil: Superbad - É hoje
Direção: Gregg Mottola
Roteiro: Seth Rogen, Evan Goldberg
Gênero: Comédia,
Origem: EUA
Duração: 113min



Elenco:
Jonah Hill ... Seth
Michael Cera ... Evan
Christopher Mintz-Plasse ... Fogell
Bill Hader ... Officer Slater
Seth Rogen ... Officer Michaels

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Knocked Up (Ligeiramente Grávidos)

Pouco tempo atrás vi um besteirol que tentava fazer graça com os filmes do Judd Apatow, e isso acabou me despertando uma vontade de rever os filmes dele. Em geral são fillmes voltados para o público masculino, porém com um grande diferencial os homens não mais tem aquele ideal-Porkys-de-vida, ainda que haja alguns personagens assim para contrastar com o protagonista que geralmente é um homem mais sensível. 

Em Ligeiramente Grávidos, o que era pra ser uma sexo casual acaba transformando a vida da jornalista Alison (Katherine Heigel de Vestida pra Casar) e do desempregado Ben (Seth Rogen de Pagando bem, que mal tem?). E é a partir daí que a comédia engrena, mas como outros filmes de Apatow, o lado masculino da história se mostra bem mais profundo que em outros filmes do gênero. O protagonista é um homem ligeiramente acima do peso que tem receio de tomar o fora das mulheres e se autodeprecia para se proteger. Quando finalmente surge uma oportunidade de relacionar, ainda que a situação não tenha sido ideal, ele vai tentar agarrá-la a despeito do que seu círculo de amigos possa pensar ou comentar. Confesso que a lembrança que tinha do filme era melhor, mas ainda assim gostei de rever. Fica a dica.




Ficha Técnica:
Título original: Knocked Up
Título no Brasil: Ligeiramente Grávidos
Direção: Judd Apatow
Roteiro: Judd Apatow
Gênero: comédia
Origem: EUA
Duração: 129min


Elenco:
Seth Rogen ... Ben Stone
Katherine Heigl ... Alison Scott
Paul Rudd ... Pete
Leslie Mann ... Debbie
Jason Segel ... Jason
Jay Baruchel ... Jay
Jonah Hill ... Jonah

Black Swan (Cisne Negro)

Já basta um bom diretor e um bom roteiro para termos bom filme, mas quando adiciona-se ainda uma ótima atriz, o filme fica realmente imperdível. Cisne Negro foi o melhor filme de 2010 (apenas A Origem consegue rivalizar pelo posto). É drama, é sentimento, é sangue e é muita pressão para aguentar. Difícil imaginar que seja um filme sobre algo tão associado a beleza e estética quanto o ballet. 

O diretor Darren Aronofsky além de competentíssimo - só tem filmaços no currículo (com destaque para Réquiem por um Sonho) - possui uma capacidade ímpar para transmitir em imagens os sentimentos vividos por seus personagens. Em Réquiem o objeto de estudo era a sensação de entrega do corpo as drogas, em Pi a paranóia e medo de perseguição, já em Cisne Negro o alvo do estudo é como lidar com a pressão do trabalho, da família e dos colegas. 

Natalie Portman está incrível no papel da bailarina Nina Sayers, super cotada para ganhar o Oscar pelo filme. Treinou um ano intensamente para aprender ballet para o filme e o resultado é que parece que ela já nasceu dançando. Sua personagem é integrante de uma prestigiada escola de dança em NY que será a estrela da peça da próxima temporada, O Lago dos Cisnes, daonde vem o título do filme. Porém junto com a responsabilidade de protagonizar a peça, a bailarina terá que lidar com as cobranças do diretor da peça, a pressão de sua mãe que é uma bailarina frustrada, a inveja das demais integrantes da companhia e ainda tentar manter a cabeça tranquila para não perder seu lugar ao sol. Não perca de jeito nenhum. Filmaço!



Ficha Técnica:
Título original: Black Swan
Título no Brasil: Cisne Negro
Direção: Darren Aronofsky
Roteiro: Mark Heyman, Andres Heinz e John McLaughlin
Gênero: drama, thriller
Origem: EUA
Duração: 108min


Elenco:
Natalie Portman ... Nina Sayers
Mila Kunis ... Lily
Vincent Cassel ... Thomas Leroy
Barbara Hershey ... Erica Sayers
Winona Ryder ... Beth Macintyre